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Alugando o Inimigo: Como o Google Comprou Silêncio e Influência na Imprensa

Por A Publica

A investigação transnacional liderada pela Agência Pública e pelo CLIP revela como o programa “Google Destaques” foi usado pela gigante da tecnologia para evitar regulações e consolidar poder sobre o ecossistema jornalístico global.

Lançado em 2020 com a promessa de investir US$ 1 bilhão em jornalismo, o programa ofereceu contratos de licenciamento a mais de 2.000 veículos no mundo, incluindo 450 na América Latina. Esses contratos, muitas vezes celebrados com veículos pequenos e financeiramente frágeis, representavam até 40% da receita mensal de alguns editores brasileiros. No entanto, vinham acompanhados de cláusulas de confidencialidade rigorosas, impedindo os veículos de revelarem valores ou termos, mesmo após o fim do contrato.

O Google Destaques não gerava tráfego significativo para os sites parceiros e, segundo especialistas, funcionava mais como uma estratégia de relações públicas do que como apoio real ao jornalismo. A dependência financeira criada por esses acordos dificultava que os veículos se posicionassem a favor de legislações que poderiam garantir remuneração justa pelo uso de seu conteúdo.

Além disso, cláusulas contratuais permitiam ao Google rescindir acordos caso os veículos buscassem compensações legais por direitos autorais ou se leis obrigassem pagamentos. Na Alemanha, essas cláusulas foram consideradas abusivas e removidas após intervenção do órgão regulador, mas continuam presentes em contratos no Brasil e na Indonésia.

A reportagem também levanta preocupações sobre o uso desses contratos como escudo legal para o treinamento de modelos de inteligência artificial. Embora o Google negue, os contratos incluem permissões amplas para uso de conteúdo jornalístico em seus produtos e serviços, o que pode incluir IA. Especialistas alertam que isso pode permitir à empresa alegar que já pagou pelo uso de conteúdo em futuras disputas judiciais.

O caso expõe uma nova fase da “captura por plataformas”, onde Big Techs financiam veículos de imprensa para evitar responsabilização e moldar o futuro da informação pública. A corrida pela IA apenas intensifica esse cenário, com acordos sendo firmados às escondidas e o jornalismo sendo usado como combustível para algoritmos que não reconhecem suas fontes.

Aqui é apenas um apanhado veja a matéria completa em A Publica 

 

 

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