Por Dom Paulo Mendes Peixoto
Não só o cristão, mas todas as pessoas de bom senso têm o compromisso de defender a vida, defender aquilo que é o princípio da nossa existência. A missão é abrangente e atinge as áreas religiosas e espirituais, sociais, políticas, econômicas, ecológicas etc. É por isto que o Ano Jubilar de 2025 motiva as pessoas a serem “Peregrinas de Esperança”, sendo capazes de levar esperança para a sociedade.
A centralidade da missão evangelizadora e transformadora do cristão é Jesus Cristo ressuscitado. Assim, dizemos que as pessoas batizadas são discípulas de Cristo, pertencentes a uma Igreja e não está isenta de agir como Igreja. Sem assentimento aos ensinamentos de Jesus e sem renovação constante de vida, ela corre o risco de um ativismo infecundo, porque o ser humano tem suas fragilidades.
Nos primeiros tempos do cristianismo, a Igreja crescia com muita rapidez, graças à confiança na ação de Jesus e no testemunho dos primeiros cristãos. Hoje sentimos uma situação talvez inversa, sinal de que a postura e fidelidade ao Evangelho estejam esvaziadas. Basta ver como cresce o indiferentismo religioso. Creio que isto deva ser a primeira e mais importante tarefa das Igrejas, na sua missão.
Para enfrentar a imposição árida dos Imperadores Romanos, totalmente avessos ao cristianismo, os cristãos tiveram que agir com coragem e muita determinação. Não abriram mão de sua fé no Cristo ressuscitado. Diversos deles acabaram morrendo martirizados. Podemos citar o caso de São Sebastião, Santa Luzia, Santa Bárbara, Santa Inês, São Lourenço etc. Foi um tempo de sangue derramado.
A missão do cristão, porque ele não deixa de ser pessoa humana, depende muito de resistência, paciência e esperança, para superar a condição de impotência e fragilidade que o acompanham. Suas habilidades dependem, essencialmente, da força de Deus em sua vida. O ser humano está na esfera de seus limites, mas não pode descartar a possibilidade da dimensão de eternidade.
Exercer uma missão cristã, na evangelização, é agir como pescador. Foi aquilo que fez Jesus, indo de manhã, ao encontro de pescadores, nas margens do mar de Tiberíades. Naquela noite, a pesca tinha sido um fracasso. A eficácia do trabalho veio com o mandato de Jesus: Lancem de novo as redes (cf. Lc 5,4). Os frutos da missão dependem de abertura para o mandato de Jesus Cristo.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba.
A sinodalidade não era uma moda passageira, mas uma dimensão essencial da Igreja. No seu discurso comemorativo do 50º aniversário do Sínodo dos Bispos, em 2015, afirmou que a sinodalidade oferece “o quadro interpretativo mais apropriado para compreender o próprio ministério hierárquico”.
05 maio 2025Os sonhos de Francisco não são meras abstrações, mas se concretizam em ações eclesiais e sociais. Na encíclica Laudato Si’, convida a humanidade a se tornar um instrumento de Deus Pai, revisitando o seu sonho ao criar o mundo (cf. LS n. 53), e despertar da onipotência desvairada de dominar o mundo, “que provocou a impressão de que o cuidado da natureza fosse atividade de fracos” (LS n. 116).
04 maio 2025Esse é o nome que ele escolheu para se apresentar diante de Deus. Não precisará de nenhuma alcunha ou complemento, nem de nenhuma carta de recomendação ou currículo. Não terá que comprovar experiência laboral. Será conhecido e reconhecido por ser Francisco.
04 maio 2025A total confiança em Deus, a consciência de ser frágil e pecador, um novo chamado aos sacerdotes para se colocarem a serviço de todos, sua admiração pelos mártires contemporâneos e sua preocupação com os migrantes são alguns dos temas que o Papa Francisco abordou em 2021, na conversa com Noel Díaz na Casa Santa Marta.
04 maio 2025