O mês de janeiro de 2022, ficará marcado como um mês onde diversas partes do país, de modo especial nossa Minas Gerais, sofreram com os problemas das fortes chuvas e as inundações. Diante deste cenário e ainda vivendo o período da pandemia da COVID-19, devemos nos atentar para olhar com profundidade o atual contexto e, em várias perspectivas, procurar apresentar reflexões consistentes e ações que colaborem para reestruturação das famílias atingidas pelas catástrofes e inundações.
Devemos ter cuidado com a vida, respeitar o próximo e, principalmente, o respeito às gerações. Uma conduta moral duvidosa, sem apreço à vida, nos leva a deixar de vivenciar os melhores momentos. Por isso, ter esperança, ou esperançar, é ter iniciativa, é ir ao encontro, é socorrer os necessitados, os fragilizados.
Diante dos desafios, somos chamados a nos colocar no processo de reinvenção do cotidiano. Um mundo realmente novo só será possível sob a condição de sermos responsáveis por ajudar a construir a mudança que esperamos e de ousar construir, neste mundo, um bom lugar para se viver. É preciso, urgentemente, se fazer ouvir e articular o maior crescimento da consciência humana sobre o que é ser humano. Chorar com os que choram, respeitar a todos e todas que vivem seus lutos, indignar em forma de embate constante com tudo que gera – pincipalmente em tempos de fortes chuvas que assolaram grande parte do território mineiro -, as inundações, lamas, rejeitos da mineração nos rios, transbordamentos de barragens, interdição de rodovias, vidas perdidas. E, a partir dessa concepção, devemos observar na realidade o que temos de bom e como tratar o outro e acolhê-lo nos momentos de dor e perda.
Jesus deve ser nosso exemplo a ser seguido pela sua ética, pelo seu comportamento, costumes, hábito, caráter, modo de ser e de agir. Jesus assumiu sua conduta autêntica em uma sociedade contrária a tudo que ele pregava. Ele veio transformar o mundo, a começar pela sociedade de sua época, desejava fazê-la refletir e mudar seu posicionamento frente ao legalismo exacerbado. Assim, tratar o próximo com respeito é fazer valer o amor criador de Deus e sua proposta de vivência para o ser humano. Jesus nos mostra o que fazer: “O que fizerdes ao menor dos meus irmãos, a mim o fazeis”. (Mt 25,40).
Para tanto, é momento de se solidarizar com todos que sofrem e que necessitam de apoio e atenção. Por isso, nós, do CNLB Leste II, nos solidarizamos com todos e todas que sofrem suas perdas e afirmamos: Todos são importantes! Estamos aqui nos colocando ao serviço para ajudar, colaborar e fazer crescer a rede de apoio e solidariedade a todos e todas que perderam algo em tempos tão difíceis. Que possamos seguir adiante, olhar para as famílias e ver um lampejo de esperança frente aos problemas e perdas.
Fonte: CNLB Leste II
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