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27/08/2023 Dom Edson Oriolo Edição 3962  Dez passos da profissionalização que ajudam a evangelizar I PROFISSIONALIZAR PARA AVANÇAR NA EVANGELIZAÇÃO II
F/ Pixabay
"Planejamento: É o processo de refletir, decidir, montar o plano, acompanhar a ação e avaliar. Acompanha todo o trabalho e vai indicando o caminho o tempo inteiro. Plano: É o registro por escrito das decisões tomadas... o evangelizador não será um autêntico profissional em sua missão, se não possuir clareza sobre as esperanças e os limites dela."

O profissional é a pessoa dotada de habilidades e experiências que o habilitam para desempenhar determinadas tarefas específicas, recompensadas materialmente ou não. Há habilidades (Estudos teóricos – formação); Treinamentos (Cursos profissionalizantes específicos) e experiência prática (atividade rotineira e continuada). O profissional é aquela pessoa que deve, por oficio, apresentar resultados concretos. O nível de profissionalismo em nosso país é ainda deficiente. Falta combinação entre o profissional e o profissionalismo. Nessas perspectivas, necessitamos pensar metodologias, estratégias e ferramentas para lançar a Boa-Nova, isto é, para que a ação evangelizadora da Igreja seja mais ousada, visionária e proativa.

CLAREZA DA MISSÃO
ESTRATÉGIA ADAPTATIVA (flexibilidade, adaptação e inovação)
LIDERANÇA SHAKTI
TIME COMPETENTE
PLANEJAMENTO – PLANO – CRONOGRAMA
MULTIDISCIPLINARIEDADE
GESTÃO DE PROCESSOS (eficiência – eficácia – excelência)
DESIGN THINKING
PENSAMENTO FLEXÍVEL ELÁSTICO
SERVIR A DEUS NA PESSOA DE JESUS CRISTO

1) CLAREZA NA MISSÃO

Em um mundo inundado de informações irrelevantes, clareza é poder. Diante de tantas informações irrelevantes que recebemos todos os dias, esclarecer é lucidez para percebermos as questões cruciais que estão por trás das promessas e dos números (de pesquisas e projetos), declarados com tanta eloquência por pessoas absolutamente despreparadas para ocupar cargos relevantes no governo (cf. Yuval Harari – 21 Lições do Século XXI).

Destarte, o evangelizador não será um autêntico profissional em sua missão, se não possuir clareza sobre as esperanças e os limites dela. Não haverá nunca evangelização verdadeira se o nome, a doutrina, a vida, as promessas, o reino, isto é, o mistério de Jesus Cristo, Filho de Deus, não for anunciado.

2)   ESTRATÉGIA ADAPTATIVA (flexibilidade, adaptação e inovação)

A Estratégia Adaptativa é consequência de um sistema que considera dados, agilidade e cultura gerenciados de forma integrada, tendo a pessoa como orientação principal e a geração contínua de inovações como resultado. Todo processo emerge e é orientado à pessoa, que é a causa e consequência de todas as iniciativas geradas pelo sistema. A centralidade está na pessoa. Toda a iniciativa emerge dele, ao mesmo tempo em que é orientada a ele, em um movimento cíclico interminável. Temos que focar o fiel que é a Imago Dei.

A título de exemplo, trago a estratégia adaptativa da Amazon, Uber e 99. A Amazon: O principal objetivo é contribuir para que os clientes tomem a melhor decisão diante de uma compra para suas vidas. Entregar os produtos adquiridos com mais agilidade e menor custo mostra a organização da empresa e a centralidade do cliente no início do projeto. A Uber e a 99 tentam evoluir de acordo com as atividades que o cliente deseja realizar, alinhadas com as competências e vocação da empresa (Cf. Magaldi Sandro e Neto Salibi José, Estratégia Adaptativa, p. 170-177). Portanto, o evangelizador deve ter ciência da realidade e dos anseios daqueles que vão receber as “sementes do verbo”. “A realidade é mais importante do que a Ideia” (EG 231-233)

3) LIDERANÇA SHAKTI

Shakti é uma palavra originada da cultura Hindu (sânscrito) e significa, em resumo, uma força criativa, feminina, que envolve a todos e tudo o que existe. Essa força, presente em todos nós, precisa ser revelada e restaurada. É uma força generosa que, em contato com o masculino, tudo cria e transforma. Estamos falando de um feminino e de um masculino adultos, conscientes e orientados pelo propósito (Cf. Bhat Nilima e Sisodia Ray, Liderança Shakti, p. 17-33).

A liderança Shakti valoriza tanto os traços femininos quanto os masculinos. Ambos têm um papel importante na liderança eficaz. Necessitamos de qualidades femininas e masculinas para restaurar, equilibrar, valorizar e revigorar todas as ações que afetarão o outro nas metodologias da evangelização.

Esse conceito se baseia na energia e no poder feminino para influenciar e liderar. Valoriza características como intuição, empatia, colaboração, resiliência e sensibilidade. Como unir as forças feminina e masculina para uma tomada de decisão mais assertiva?

O processo de evangelização necessita do toque feminino. O Papa Francisco enfatiza a urgência de oferecer espaço às mulheres na vida da Igreja e superar a manipulação biológica e psíquica da diferença sexual. Na homilia de 9 de fevereiro de 2015, na Casa Santa Marta, disse “que a mulher, traz essa harmonia que nos ensina a acariciar, a amar com ternura e que faz do mundo uma coisa bonita”. Uma ternura, que o pequeno Jorge recebeu de sua mãe e da sua avó e que agora Francisco doa ao mundo.

4) TIME COMPETENTE

Necessitamos de um time que construa um futuro. Temos que formar um time certo! Escolher um time parte das seguintes premissas: a) saber escolher a equipe certa, isto é, pessoas que possam gerar confiança para os dois lados envolvidos; b) enxergar pessoas que nos ajudam – um verdadeiro amor pela camisa. Nem sempre as pessoas que têm amor à camisa e vontade são, necessariamente, as que têm mais competência, energia e, acima de tudo, conexão com o nosso propósito; c) pessoas certas nas posições certas; d) equipe de alta performance; e) membros que se identifiquem com os propósitos e objetivos da instituição.

O time, ou melhor, a comunidade dos que “vejam como eles se amam” (Tertuliano, Apolog 39) devem formar um corpo missionário. Devem pensar a comunidade eclesial. A comunidade prevalece sobre o individuo, isto é, sobre a individualidade. Conectividade, multidimensionalidade, abertura, dinamismo e descentralização são características para evangelizar

5) PLANEJAMENTO – PLANO – CRONOGRAMA

Planejamento: É o processo de refletir, decidir, montar o plano, acompanhar a ação e avaliar. Acompanha todo o trabalho e vai indicando o caminho o tempo inteiro. Plano: É o registro por escrito das decisões tomadas. Ajuda a organizar o pensamento, a não esquecer dados e a confrontar resultados. Cronograma: Listagem de ações, com prazos, locais, agentes.

O evangelizador deve redesenhar, repensar, descobrir, reestruturar sua ação evangelizadora na perspectiva de planejamentos, plano e cronograma, à luz do Evangelho. Em Lucas 10, 1-12 percebemos a necessidade da evangelização, metodologia da ação, dinâmica metodológica (Cf. Oriolo, dom Edson. Gestão Paroquial para uma Igreja em Saída, p. 79).

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