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01/03/2023 Antônio Carlos Santini Edição 3956 1º/03/2023 – Quem é mais do que Jonas... (Lc 11,29-32)
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" Para nós, cristãos, o sinal essencial é a ressurreição de Jesus. Como afirma Paulo, “se Cristo não ressuscitou, nossa pregação é sem fundamento, e sem fundamento é também a nossa fé”. (1Cor 15,14) Não precisamos de outros sinais, de pretensas profecias nem do sol girando no céu. Cristo ressuscitou verdadeiramente! Aleluia!”"

1º/03/2023 – Quem é mais do que Jonas... (Lc 11,29-32)

                Quando nos falta a fé, buscamos por sinais. A fé exige de nós uma aposta pessoal. O fiel se arrisca. Se nos fosse dado um sinal definitivo, irrecusável, acabaríamos esmagados por sua evidência e ficaríamos dispensados da aposta.

                É o que acontece na vida pública de Jesus. Sua pregação atrai, seduz, aglutina à sua volta grandes multidões. Mas parece que isso não é bastante para os fariseus e os homens do Templo. Por isso pedem um sinal. Jesus conhece essa gente de coração entupido de sebo (cf. Sl 119,70) e se recusa a dar-lhe o sinal pretendido. E acena para sua ressurreição futura como o “único” sinal: “Nenhum sinal lhes será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas” (v. 29). Logo Jonas, aquele que esteve no estômago do peixe por três dias, prefigurando os três dias que Jesus passaria no ventre da terra antes de votar à luz do dia.

                Assim comenta Helmuth Gollwitzer: “Certamente, Jesus opera prodígios, mas todos eles contêm ao mesmo tempo um apelo à fé e ao arrependimento. Assim, os assistentes verão alguma coisa, mas nada que os ninivitas não tivessem visto na pessoa do profeta Jonas. Que é que Jesus quer dizer por esta palavra misteriosa em sua concisão? Em quê Jonas foi um sinal para os ninivitas? Ele apenas trazia consigo a palavra oferecida à cidade. Mas esta palavra pronunciada por um homem os colocava diante de uma decisão. O Juiz eterno lhes falava em última instância por meio de um juiz humano visível e audível. Ali estava o sinal que apelava para a fé.”

                “Segundo Mateus (12,38-42) – prossegue Gollwitzer – o caráter sacramental da aparição de Jonas é ainda reforçado pela intervenção da Palavra de Deus que o perseguia em sua própria vida. Jonas não tinha ‘provas’ para sustentar a verdade pregada aos ninivitas, mas sua própria aventura atesta a seriedade da Palavra divina.”

                Esta situação faz pensar naquele ricaço que morreu e acabou no Xeol por causa de sua indiferença com o pobre Lázaro (cf. Lc 16,19ss), e rogava a Abraão que enviasse um dos mortos para convencer seus cinco irmãos, ainda vivos, a mudarem de vida. Qual foi a resposta do velho patriarca? “Eles têm Moisés e os profetas”. Ou seja, devia bastar-lhes a Palavra de Deus. Se ela não basta, também seria inútil enviar um fantasma para assustá-los...

                Para nós, cristãos, o sinal essencial é a ressurreição de Jesus. Como afirma Paulo, “se Cristo não ressuscitou, nossa pregação é sem fundamento, e sem fundamento é também a nossa fé”. (1Cor 15,14) Não precisamos de outros sinais, de pretensas profecias nem do sol girando no céu. Cristo ressuscitou verdadeiramente! Aleluia!”

Orai sem cessar: “Eu sei em quem acreditei!” (2Tm 1,12)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança

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