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25/03/2021 Antônio Carlos Santini Edição 3934 10. O AZEITE “Ungiste com óleo a minha cabeça...” (Sl 23,5)
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"“Ungiste com óleo a minha cabeça...” (Sl 23,5)"
  1. AZEITE

No mundo antigo, o azeite era um produto de especial importância, o que justifica a variedade de suas conotações enquanto símbolo. Muito mais que simples alimento, ele aparece como remédio, na parábola do bom samaritano (cf. Lc 10,34) e como combustível para as lâmpadas, na parábola das dez virgens (cf. Mt 25,1ss). Usava-se como linimento para o aquecimento dos atletas e lutadores. As noivas passavam azeite no rosto para terem um aspecto luminoso nas bodas. Os hóspedes eram recebidos com um banho de óleo nos cabelos (cf. Lc 7,46).

A oliveira aparece na Sagrada Escritura como sinal de fartura, resultado da bênção de um Deus benfazejo. O salmista (cf. Sl 128,3) compara os numerosos filhos do justo a “rebentos de oliveira”. O próprio justo é “oliveira verdejante na casa de Deus” (cf. Sl 52,10).

Acima de tudo, o óleo de oliva fazia parte do ritual das unções, como no caso do rei Davi (cf. 1Sm 16,1.13), e da sagração de um altar ou santuário (cf. Ex 40,9ss). O próprio Salvador esperado pelo povo era conhecido como Messias - isto é, alguém “ungido com óleo” -, traduzido no grego como “Christos”. Durante séculos os reis e governantes do Ocidente recebiam uma unção ao assumirem seu trono.

Nada mais natural que a Igreja adotasse também os santos óleos em suas unções, como remédio para os doentes ou para a transmissão do Espírito Santo nos sacramentos do batismo, da confirmação e da ordem. Já na aurora da Igreja, Tiago manda ungir os enfermos para que recuperem a saúde e recebam o perdão de seus pecados (cf. Tg 5,14-15).

Em seu primeiro sermão, na sinagoga de Nazaré, Jesus se apresenta como alguém que é portador do Espírito, associando sua missão a uma “unção anterior”: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a remissão aos presos... proclamar um ano de graça do Senhor”. (Lc 4,18-19)

Não por caso, o desfecho do drama vivido por Jesus Cristo começa no jardim das oliveiras, junto ao vale do Cedron. Ali havia uma moenda onde as azeitonas eram prensadas para a obtenção do azeite. Nesse “Gethsêmani” (em hebraico, lagar de azeite), a angústia apertou Jesus ao ponto de suar sangue (cf. Lc 22,44). Seu sangue bendito é o azeite da misericórdia que nos lava de todos os pecados.

Alguns textos bíblicos: Gn 28,18; Dt 28,40; 1Rs 19,16; Sl 104,15; 2Cor 1,21; Hb 1,9; Ap 6,6.

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