Roteiros Pastorais Homilética
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30/05/2020 Dom Emanuel Messias de Oliveira Edição 3924 11º Domingo do Tempo Comum - 14/06/2020
F/ For His Service
"“Vão às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 10,6)"

11º Domingo do Tempo Comum - 14/06/2020 [Verde]

 

 

Leituras: Ex 19,2-6a; Sl 99[100]; Rm 5,6-11; Mt 9,36-10,8

 

  1. O Deus da Aliança. O capítulo 19 do Êxodo é uma introdução à Aliança do Sinai (cap. 20) e apresenta o povo chegando aos pés do Monte Sinai, enquanto Moisés estava sozinho sobe a montanha, de onde Deus o chamava. Este povo está vindo do Egito, de onde Deus o libertou através de Moisés das garras do faraó. Está indo para a terra prometida por Deus, que mais tarde será chamada de Palestina. Lá, eles vão viver como povo livre, comprometido com seu Deus.

No Monte Sinai, Deus vai fazer Aliança com este povo. Será um compromisso bilateral. Deus se compromete a cumprir a sua parte e o povo se compromete a cumprir a sua.

O texto de hoje apresenta os 3 tempos da Aliança: o passado, o presente e o futuro. O passado ("vocês viram...") é um lembrete das maravilhas que Deus fez pelo povo ao libertá-lo das mãos do faraó e ao conduzi-lo até ao Sinai. O fundamento da Aliança é a libertação operada por Deus. O presente ("Agora, se...") é a proposta da Aliança. Deus é o libertador do povo e se compromete em levar a cabo este compromisso. Mas o povo deve cumprir também a sua parte: escutar a voz de Deus e guardar a sua aliança.

O futuro é o bem do povo, é a realização do compromisso com Deus: a posse da terra prometida, ser propriedade exclusiva de Deus e ser um reino de sacerdotes e uma nação santa. Isto implica uma missão para o povo: ser mediador ( um reino de sacerdotes) da aliança entre Deus e os outros povos.

 

  1. A Aliança de sangue. A Carta aos Romanos deixa claro que nossa salvação acontece não por nossas obras, mas através da Nova Aliança selada no sangue de Cristo. Deus já demonstrou seu supremo amor por nós. Como? Sem mérito nenhum da nossa parte, enquanto éramos fracos, ímpios, pecadores, Cristo morreu por nós, morreu no nosso lugar. No presente, estamos vivendo uma vida nova adquirida pelo sangue de Cristo. É uma vida de graça, sem mérito nosso. O futuro, nós o viveremos na esperança, mas é uma esperança certa que não decepciona, pois o amor de Deus já foi semeado em nossos corações pelo Espírito que nos foi dado. Isto é motivo de uma esperança firme para todos nós. Nossa fé no passado nos faz realmente viver no presente esta alegria de um futuro garantido?

 

  1. Uma missão libertadora. Depois de um tempo misturado no meio do povo percorrendo cidades e povoados, ensinando e curando, Jesus viu claro: o povo está cansado e abatido, sofrido, espoliado e abandonado. Jesus compara o povo a ovelhas e conclui que estão faltando pastores. Compara-o povo a uma ótima plantação e conclui que a colheita é grande, mas os trabalhadores (os líderes) são poucos.

A colheita é grande, pois este povo é gente boa, apenas precisa de ajuda, orientação e uma força. Ter compaixão do povo quer dizer sofrer com o povo, entrar na vida dele para ajudá-lo a resolver seus problemas. Ter compaixão é ser solidário, é começar a movimentar-se para a solução dos problemas do povo à luz da fé. Ter compaixão é deixar-se tocar pela realidade nua e crua do povo sofrido.

Jesus convida os discípulos a rezar ao Pai para que ele multiplique as lideranças. Depois, Jesus vai capacitar para a missão os 12, que ele já tem à disposição. A missão diz respeito à justiça do Reino que está chegando; é uma missão libertadora. Jesus quer libertar o povo de todo o tipo de alienação, alienação ideológica, que abrange a área psicológica e espiritual, como expulsão de espíritos maus. Alienação social (física), curando doenças e enfermidades. O elenco dos 12 apóstolos relembra simbolicamente a totalidade e a diversidade dos que são enviados. Totalidade, para dizer que a Igreja inteira é missionária, e diversidade, para mostrar que Jesus escolhe sem discriminação. No grupo, há pescadores, cobradores de impostos, zelotas etc.

Nas recomendações, Jesus restringe a missão apenas à casa de Israel; a prioridade é para as ovelhas perdidas. É, sem dúvida, a primeira etapa da missão apostólica. Mas já podemos perceber mais uma vez em Jesus a opção preferencial pelos empobrecidos, que a sociedade discriminadora e opressora marginalizava. Junto com o anúncio da proximidade do Reino de Deus, Jesus repete com mais detalhes a finalidade da missão já mencionada acima. Tudo deve ser feito dentro da mesma gratuidade com que eles, os apóstolos, receberam o Reino. A realidade do povo mudou pouco. Hoje, como são escolhidas e capacitadas nossas lideranças? Qual é a finalidade do envio hoje?

 

Leituras da semana

dia 15: 1Rs 21,1-16; Sl 5,2-3.5-6.7; Mt 5,38-42

dia 16: 1Rs 21,17-29; Sl 50[51],3-4.5-6a.11.16; Mt 5,43-48

dia 17: 2Rs 2,1.6-14; Sl 30[31],20.21.24; Mt 6,1-6.16-18

dia 18: Eclo 48,1-15; Sl 96[97],1-2.3-4.5-6.7; Mt 6,7-15

dia 19: Dt 7,6-11; Sl 102[103],1-2.3-4.6-7.8.10; 1Jo 4,7-16; Mt 11,25-30

dia 20: Is 61,9-11; (Sl) Cânt. 1Sm 2,1.4-5.6-7.8abcd; Lc 2,41-51

 

 

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