15º Domingo do Tempo Comum - 12/07/2020
“Outras sementes caíram em terra boa...” (13,8)
Leituras: Is 55,10-11; Sl 64[65]; Rm 8,18-23; Mt 13,1-23
Nós já temos as primícias do Espírito. As primícias (os primeiros frutos) indicam a qualidade exuberante da colheita. Nós já somos filhos adotivos, já fomos remidos pelo sangue de Cristo, mas ainda vivemos mais na carne do que no Espírito. Quando esta vida no Espírito chegar à plenitude, esqueceremos por completo nossa caminhada de escravidão e dor, e todo o universo entrará conosco na liberdade da glória dos filhos de Deus.
Afinal, 3/4 da semente se estragam (os pássaros comeram as sementes que caíram à beira do caminho, o sol queimou as plantas sem raízes profundas do terreno pedregoso e os espinhos sufocaram a terceira parte das sementes). Jesus tinha tudo para desanimar. Mas aqui vem o ensinamento da parábola. O que aconteceu com a quarta parte que caiu no terreno bom? Frutificou abundantemente. A soma de 100 + 60 + 30 é igual a 190. Dividido por 3 mostra que a média de produção da quarta parte foi de 63 frutos por semente. Uma ótima produção que compensou a perda dos outros 3/4. A parábola é um incentivo ao trabalho missionário, apesar dos aparentes fracassos. É uma lição de otimismo e esperança.
A parábola é aplicada à comunidade do evangelista. A atenção agora se volta para os quatro tipos de terrenos, e não mais sobre a semente. Por que a palavra não está produzindo frutos? Quais os obstáculos que os corações dos homens estão apresentando?
A - A beira do caminho representa a insensibilidade, a não acolhida da palavra. Os pássaros são o maligno. B - O terreno pedregoso representa o entusiasmo fácil e passageiro. O sol do sofrimento e da perseguição mata a acolhida sem compromisso. C - O terreno cheio de espinhos representa um coração disposto, comprometido, mas dividido com muitas preocupações. Ninguém pode servir a dois senhores. Os espinhos simbolizam as preocupações do mundo e a ilusão das riquezas. Essas coisas sufocam a Palavra e não permitem frutificar. D - A terra boa é o coração acolhedor e cuidadoso que faz frutificar a semente numa produção abundante. Os discípulos são felizes por acolherem os mistérios do Reino. Os judeus são infelizes, porque os rejeitaram.
Leituras da Semana
dia 13: Is 1,10-17; Sl 49[50],8-9.16bc-17.21 e 23; Mt 10,34 – 11,1
dia 14: Is 7,1-9; Sl 47[48],2-3a.3b-4.5-6.7-8; Mt 11,20-24
dia 15: Is 10,5-6.13-16; Sl 93[94],5-6.7-8.9-10.14-15; Mt 11,25-27
dia 16: Zc 2,14-17; (Sl) Cânt. Lc 1,46-47.48-49.50-51.52-53.54-55; Mt 12,46-50
dia 17: Is 38,1-6.21-22.7-8; (Sl) Cânt. Is 38,10.11.12.16; Mt 12,1-8
dia 18: Mq 2,1-5; Sl 9B[10],1-2.3-5.7-8.14; Mt 12,14-21
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