Roteiros Pastorais Homilética
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25/10/2019 Dom Emanuel Messias de Oliveira Edição 3916 30o Domingo do Tempo Comum - 27/10/2019 ROTEIROS HOMILÉTICOS
F/Gospel Prime
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"Quem se humilha será elevado [Lc18,14]"

30o Domingo do Tempo Comum - 27/10/2019

 

Leituras: Eclo 35,15b-17.20-22a; Sl 33[34]; 2Tm 4,6-8.16-18; Lc 18,9-14

Destaque: “Quem se humilha será elevado.” [Lc 18,14]

 

  1. A verdadeira religião. O texto mostra a importância das cerimônias litúrgicas, o valor dos sacrifícios, mas deixa claro que o que constitui a verdadeira religião, a religião que Deus quer, é a prática da justiça. Os poderosos querem agradar a Deus através das ofertas roubadas dos pobres. Isto é zombar de Deus. O valor da oferta está no coração do ofertante.

Deus não faz distinção entre as pessoas e não prefere a oferta do rico. Ele não despreza a súplica do órfão e da viúva, mas se comove com ela. Deus ama e atende as súplicas daqueles que o servem. Ele ouve os justos e injustiçados, aqueles que põem nele sua confiança e lhe pedem justiça. Deus atende a todos que não pretendem fazer de suas orações um comércio com ele, pois não se deixa comprar por ofertas.

Enfim, Deus não sossega, “enquanto não retribuir a cada um segundo as suas ações”. Deus criou o homem capaz de assumir a responsabilidade de seus próprios atos, e vai cobrar isso de cada um de nós.

 

  1. O prêmio da justiça. Já estamos no final do Testamento de “Paulo”. Ele percebe que sua vida está chegando ao fim. Olhando para trás, conclui que sua vida não foi em vão, mas foi a vida de um soldado qualificado, um batalhador das coisas de Deus. Como atleta ele terminou a sua corrida, como cristão ele conserva a fé e tem consciência clara do dever cumprido.

Agora ele sente que vai derramar seu sangue em libação. Ele prevê seu martírio. A libação de seu sacrifício será seu próprio sangue, que vai servir para aumentar e incrementar a evangelização.

Ele crê que o que lhe resta é a coroa da justiça. Mais uma vez uma imagem desportiva. Como o atleta recebia a coroa da vitória, Paulo espera receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, lhe entregará naquele dia. A coroa é símbolo da vitória final, da vida eterna. Esta coroa da justiça será conferida também a todos os atletas valentes que continuam na espera ativa, ou seja, com amor concreto, à manifestação de Cristo.

 

  1. Deus ouve os humildes. A parábola é contada por Jesus para aqueles que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros. É a típica atitude do fariseu com sua falsa religião ritualista, ou seja, que se relaciona com Deus apenas através de ritos e preceitos. A parábola ensina também a gratuidade de relacionamento de Deus com os homens e dos homens com Deus.

O publicano e o fariseu vão ao templo para rezar. Na oração do fariseu, vemos o seu retrato, sua concepção de Deus, da religião e da oração. O fariseu se considera justo, autêntico e puro. Ele jejua muito mais do que pede a Lei, paga o dízimo de toda a sua renda e se considera melhor do que todo o mundo. Ele não é como os outros, que são ladrões, desonestos e adúlteros.

Em termos de cumprimento da Lei, o fariseu era realmente exemplar. Onde está o seu erro? Ele é orgulhoso, acha que por ser rigoroso no cumprimento da Lei de Deus, Deus estaria obrigado a reconhecê-lo justo. E acha que pode conquistar sozinho a salvação. A religião para ele é um comércio. Ele exalta suas próprias qualidades e ainda julga e condena os outros. A religião do fariseu não deixa margem para a gratuidade de Deus. Sua oração é troca de favores, e não um mergulho no mistério e na misericórdia de Deus. Sua oração é, portanto, inautêntica.

A oração do publicano é exatamente o contrário. O publicano reconhecia sua fraqueza, seu pecado, sua miséria e pedia perdão a Deus. Realmente, como cobradores de impostos, eram acusados de extorsão e corrupção. Eram colaboracionistas com os opressores romanos. Mas sua oração é autêntica, humilde, realista. Ele nem se atrevia a levantar os olhos, mas batia no peito pedindo perdão.

A conclusão de Jesus subverte a mentalidade farisaica. O fariseu, que se achava merecedor da salvação, volta para casa sem o perdão, enquanto o publicano volta perdoado. E Jesus conclui: “pois quem se eleva, será humilhado, e quem se humilha será elevado”.

 

Leituras da semana

dia 28: Ef 2,19-22; Sl 18[19],2-3.4-5; Lc 6,12-19

dia 29: Rm 8,18-25; Sl 125[126],1-2ab.2cd-3.4-5.6; Lc 13,18-21

dia 30: Rm 8,26-30; Sl 12[13],4-5.6; Lc 13,22-30

dia 31: Rm 8,31b-39; Sl 108[109],21-22.26-27.30-31; Lc 13,31-35

dia 1º: Rm 9,1-5; Sl 147[147B],12-13.14-15.19-20; Lc 14,1-6

dia 2: Sb 3,1-9; Sl 24[25],6-7bc.17-18.20-21; Rm 5,5-11; Jo 11,17-27

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