Roteiros Pastorais Homilética
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12/03/2020 Dom Emanuel Messias de Oliveira Edição 3921 4º Domingo da Quaresma - 22/03/2020
F/ St-Tackla.org
"O que você diz do homem que abriu seus olhos? (Jo 9,17b)"

4º Domingo da Quaresma - 22/03/2020

Leituras: 1Sm 16,1b.6-7.10-13a; Sl 22[23]; Ef 5,8-14; Jo 9,1-41

 Deus vê o coração. Deus manda Samuel à família de Jessé para ungir um dos seus filhos para ser o próximo rei de Israel, pois Saul não estava agradando a Deus. Quando Samuel chegou a Belém, na casa de Jessé, mandou chamar todos os seus filhos para ver qual deles Deus escolheria. Deus, porém, disse a Samuel: "Não se impressione com a aparência ou com a estatura. Deus não vê como o homem, porque o homem olha as aparências, e Deus olha o coração" (v.7). Os critérios de Deus são diferentes dos critérios dos homens. Samuel manda Jessé buscar todos os seus sete filhos, mas fica espantado, pois Deus não escolheu nenhum deles. Jessé nunca poderia ter imaginado que logo Davi, o menor de todos, aquele que cuidava do serviço humilde - tomar conta do rebanho - fosse o escolhido de Deus. Assim são os critérios de Deus - ele escolhe os últimos. Davi foi chamado e ungido, rei de Israel.

 Os filhos da luz. O trecho da Carta aos Efésios mostra o contraste entre trevas e luz.

As trevas simbolizam a vida passada dos cristãos. As obras das trevas são estéreis, são vergonhosas. O v. 12 referindo-se aos que ainda vivem nas trevas afirma: "Dá até vergonha dizer o que eles fazem às escondidas". As obras das trevas devem ser denunciadas. Com a palavra “trevas”, pensamos no pecado, na libertinagem, nas injustiças, falsidade, na falta de caridade, de amor, de convivência fraterna etc. O próprio Cristo é luz, e é capaz de iluminar quem anda na maldade, injustiça e mentira. Viver neste sistema injusto é dormir no reino da morte. É por isso que o v. 14 lembra: "Desperte, você que está dormindo. Levante-se dentre os mortos, e Cristo o iluminará".

 A luz do mundo. No tempo de Jesus, o povo ligava o mal físico ao mal moral. Se este homem é cego, é porque ele pecou ou, no mínimo, foram seus pais que pecaram. Jesus rompe com este preconceito (vv.1-3). Rompe também com o preconceito da "divinização" da lei. A saúde e a vida são para Jesus mais importantes do que a lei do sábado, por isso ele transgride o repouso sabático, fazendo barro e curando o cego. O evangelista apresenta Jesus como luz do mundo (v.5). Em meio a diversos encontros e interrogatórios, o evangelista mostra a caminhada do cego na aceitação da fé e a caminhada inversa dos fariseus na rejeição da fé.

1º passo - Acontece no encontro com amigos e vizinhos. Aqui, o cego reconhece Jesus como o "homem que se chama Jesus", ou seja, aquele que é capaz de solidarizar-se e salvar seu semelhante. Jesus significa “Deus salva” (vv. 8-12).

2º passo - O cego agora se encontra com os fariseus e, diante do interrogatório, reconhece Jesus como um profeta (vv. 13-17). Os pais do cego, com medo de serem expulsos da sinagoga, apenas afirmam que aquele era seu filho, e era cego. Se os fariseus quiserem saber mais devem interrogar o próprio cego. Os judeus, de fato, tinham combinado expulsar da sinagoga quem confessasse que Jesus era o Messias (vv. 18-23).

3º passo - Dá-se um novo encontro do ex-cego com os fariseus. Dessa vez um encontro agressivo. O ex-cego é insultado e expulso, ou seja, excomungado. Neste encontro o ex-cego desmascara a incompetência religiosa das autoridades judaicas, que não sabem a origem de Jesus. O ex-cego começou a enxergar algo novo e dá uma aula de religião para as autoridades judaicas e confessa que Jesus vem de Deus (vv. 24-34).

4º passo - Jesus procura o ex-cego e se apresenta como o Filho do Homem. O ex-cego completa sua profissão de fé: "Eu acredito, Senhor". E se ajoelhou diante de Jesus (vv. 35-38).

Os fariseus se consideram santos, mas as instituições os aprisionam, os cegam e não lhes permitem enxergar a vida. Afirmam que Jesus não pode vir de Deus, porque não guarda o sábado (v.16). Depois, mostram-se tão cegos, que não querem acreditar que o homem era cego (v.18). Finalmente, confessam que Jesus é um pecador (v.24). No final do julgamento, o ex-cego é acusado e expulso, encontra vida, liberdade e salvação, enquanto os fariseus acusadores se tornam réus, cegos, e são por Jesus considerados pecadores (vv. 39-41).

 

Leituras da semana

dia 23: Is 65,17-21; Sl 29[30],2.4.5-6.11-12a e 13b; Jo 4,43-54

dia 24: Ez 47,1-9.12; Sl 45[46],2-3.5-6.8-9; Jo 5,1-16

dia 25: Is 7,10-14; 8,10; Sl 39[40],7-8a.8b-9.10.11; Hb 10,4-10; Lc 1,26-38

dia 26: Ex 32,7-14; Sl 105[106],19-20.21-22.23; Jo 5,31-47

dia 27: Sb 2,1a.12-22; Sl 33[34],17-18.19-20.21.23; Jo 7,1-2.10.25-30

dia 28: Jr 11,18-20; Sl 7,2-3.9bc-10.11-12; Jo 7,40-53

 

 

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