Roteiros Pastorais Palavra de Vida
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09/05/2020 Antônio Carlos Santini Edição 3923 9/05/2020 – Conhecereis também a meu Pai! (Jo 14,7-14)

PALAVRA DE VIDA

9/05/2020 – Conhecereis também a meu Pai! (Jo 14,7-14)

                O Evangelho da liturgia de hoje vem trazer à nossa memória uma animadora promessa de Jesus: em itinerário espiritual, nós chegaremos a conhecer o Pai de Jesus Cristo! Certa vez, Filipe já havia pedido ao Mestre: “Mostra-nos o Pai, e isso nos basta!” Jesus pareceu espantar-se: “Há tanto tempo estou convosco e não ME conheceis, Felipe? Quem ME viu, viu o Pai”. O mesmo Jesus que diria: “Eu e o Pai somos UM”, apresenta-nos o seu próprio rosto como a Face do Pai.

De fato, as palavras e os gestos de Jesus manifestavam – mais que todas as teofanias da Primeira Aliança, com suas nuvens, trovões e efeitos especiais – os traços próprios da “personalidade” do Pai celeste: misericórdia e amor, cuidados pelos seus, uma Vida inesgotável e um perdão sem limites. Essa imprevista “revelação” chegaria ao seu ponto culminante no Calvário, quando o Amor divino seria traduzido na entrega da própria vida do Filho Unigênito.

Estamos, pois, diante de uma experiência religiosa que vai além de tudo aquilo que a humanidade já experimentara em sua busca espiritual. Deus não se confunde com as forças da matéria, que deveriam ser dominadas pela magia e pelos encantamentos. Deus não é uma entidade ameaçadora cujo excesso de poder pode extravasar e causar a ruína dos mortais. Deus não é igualmente uma solidão inatingível no alto do Olimpo, neutra diante das misérias humanas. Enfim, Deus não é um Destino que puxa os cordéis das marionetes de carne e osso. Deus é Pai.

É para este Pai que Jesus Cristo começa a se encaminhar, já pressentindo o final de sua missão terrena. E promete que estará junto do Pai como nosso intercessor: “Tudo o que pedirdes ao Pai EM MEU NOME, eu o farei...” E pedir “em nome de Jesus” é pedir exatamente o que Jesus pediria: a glória do Pai, a implantação de seu Reino na terra, o cumprimento de sua Vontade.

E o pão? E o leite? E as roupas? E o diploma? E o salário? E a aposentadoria? “São os pagãos que se preocupam com estas coisas; vosso Pai celeste sabe muito bem que precisais de todas elas.” (Mt 6,32) Que devemos, pois, buscar? “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça, e tudo o mais vos será... dado!” (Mt 6,33)

Vivo como pagão? Tento arrancar as coisas de Deus como se ele não fosse meu Pai? Ou me abandono, confiante, em suas mãos amorosas?

 

Orai sem cessar: “Nas tuas mãos, ó Pai, entrego a minha vida!”

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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