1. Coisas que acontecem

Família de classe média, católicos praticantes. Vão à missa todos os domingos. Filhos batizados e crismados. Desde a infância, porém, as crianças ouviam a avó criticando continuamente os párocos. E foram diferentes párocos em curto espaço de tempo. O primeiro era muito emburrado – dizia a vovó – e mantinha as pessoas à distância. O padre que o substituiu era muito “aparecido” e vaidoso – dizia a vovó – e fazia de tudo para chamar a atenção. O terceiro pároco fazia homilias muito longas – insistia a vovó – e gastava todo o tempo fazendo crítica social e política.

Em suma, não era outro o assunto dominante nas reuniões de família: os defeitos do padre. O fato é que os filhos agora são adultos. Uma filha passou para uma dessas comunidades evangélicas. Os outros dois não frequentam igreja nenhuma.

2. Pensando juntos

Naturalmente, participar da comunidade eclesial deve ter razões bem sólidas, como o valor da Palavra de Deus, a integração com os outros fiéis e, acima de tudo, a intimidade com Deus. Mas é fato que a figura do sacerdote exerce importante papel neste conjunto. E se as crianças não aprendem a respeitar e admirar o pároco, correm o risco de debandar.

Nossos filhos – mesmo quando não o expressam claramente – prestam muita atenção nas avaliações e julgamentos feitos pelos pais e familiares. Sem o perceber, um adulto pode influenciar negativamente na vida religiosa da criança e acabar afastando-a para sempre.

3. Para uma reunião de casais

- Enquanto pais católicos, vocês cuidam de estender pontes de amizade com os sacerdotes?

- Em sua família, vocês costumam valorizar a pessoa do padre? Ou existe ali o costume de criticar os padres e ministros da comunidade diante dos filhos?

- Suas crianças acompanham vocês nas atividades da paróquia?

- Os pais acompanham a participação das crianças na catequese paroquial?