Os Missionários Sacramentinos de Nossa Senhora, entre os dias 24 a 27 de outubro de 2022, estiveram em Assembleia Geral de Estudos debruçando sobre a temática da emergente Cultura Digital. A assessoria da semana de estudos ficou por conta da jornalista, professora e doutora Aline Amaro da Silva que é pesquisadora na área, doutora em teologia e especialista em marketing digital.
Na noite do dia 26 de outubro o encontro abriu as portas para acolher os leigos sacramentinos que se envolvem na lida diária e no trabalho frente aos Meios de Comunicação Sociais sob os cuidados dos Religiosos Sacramentinos. Sem esse dedicado trabalho de homens e mulheres que atuam em rádios, portais de notícias, nas paróquias com o atendimento paroquial e a formação e animação de lideranças, o trabalho de evangelização não atingiria seu objetivo na totalidade. Contudo, diante de toda essa seara comunicacional e diante dessa era digital, é preciso perguntar: como estamos lidando com a evangelização em nossos ambinetes de comunicação?
Os principais desafios pastorais
A professora Aline Amaro elencou 6 desafios pastorais que nos provocam e, diariamente, tentam nos fazer pensar em novas investidas pastorais em nossos Meios de Comunicação:
Quanto vale a nossa atenção?
Essa era da Cultura Digital é também marcada pela chamada "Economia da Atenção". As redes sociais se guiam por aquilo que nos chama a atenção. A febre dos Influenciadores Digitais, por exemplo, monetiza, quer dizer, explora a atenção de seus seguidores cativando-os com algo, por vezes, bastante simples, algo que envolve e que condiz com a realidade de cada um. Ou seja, não é tanto uma personalidade forte, importante, universal que é idealizada pela pessoa. Hoje, as pessoas têm se identificado com influenciadores que são pessoas simples, com uma rotina simples, que revelam a cada dia a história de sua vida, desde o levantar até o dormir.
O Brasil é o país com maior número de Influenciadores Digitais que contabilizam mais de 10 mil seguidores no Instagram. Esse fato dá-se por conta dessa cultura participativa da internet. Algo que começou como um hobbie, tornou-se um nicho de mercado. Há quem se sustente financeiramente com esse trabalho. Portanto, todos esses aspectos tocam, profundamente, em nossas atividades pastorais e também em nossa forma de agir por trás das câmeras ou dos computadores e celulares, na hora de propor a pauta do dia e produzir e distribuir conteúdo em nossas redes sociais e meios de comunicação a nós confiados.
Os Influenciadores provocam em nós novas formas de pensar sobre as postagens que viralizam nas redes, os conteúdos que compõem esses produtos (o que eles estão transmitindo, ensinando) e como nós podemos explorar essas potencialidades a serviço de uma evangelização mais autêntica.
* Dione Afonso é jornalista, graduando pela PUC Minas e formado em Filosofia pela FAJE.
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