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29/03/2021 CNBB Edição 3934 Descanse em Paz DOM JUVENTINO KESTERING FALECEU DOM JUVENTINO KESTERING, POR COMPLICAÇÕES DA COVID-19
F/ CNBB
"Nossos sentimentos, mas nosso reconhecimento por todo bem que ele fez à Igreja do Brasil por sua grande atuação na comissão bíblico-catequética e seu empenho para o próximo intereclesial das CEBs a ser realizado em Rondonópolis-MT."

A diocese de Rondonópolis-Guiratinga (MT) comunicou o falecimento de dom Juventino Kestering, na manhã deste domingo, 28 de março. O bispo testou positivo para Covid-19 no final de fevereiro e estava internado desde o dia 11 de março. De acordo com informações dadas pelos médicos que o acompanhavam na UTI, dom Juventino sofreu uma parada cardíaca às 9h45 desta manhã, e não resistiu.

O comunicado da diocese também informa que o bispo teve seu quadro agravado “consideravelmente a partir de ontem”. O texto também informa que o será permitido o velório do bispo uma vez que não há mais a presença do vírus, de acordo com os médicos. O funeral deverá ocorrer “seguindo rigorosamente os protocolos de segurança, distanciamento e higiene, na Catedral Santa Cruz em Rondonópolis”. O horário do sepultamento será divulgado em breve pela diocese. 

Biografia

Dom Juventino Kestering nasceu no dia 19 de maio de 1946, em Morro do Gato, hoje Morro do Cruzeiro, município de São Ludgero, região sul de Santa Catarina. Ingressou no seminário Nossa Senhora de Fátima, em Tubarão (SC), no dia 12 de fevereiro de 1959, quando tinha 13 anos. Estudou filosofia e teologia em Curitiba (PR); foi ordenado padre pelo bispo Dom Anselmo Pietrulla, no dia 14 de julho de 1973, na igreja matriz São João, em São Ludgero, e celebrou a primeira missa na igreja de São Pio X, em sua terra natal. Logo assumiu a missão de vigário paroquial na catedral diocesana de Tubarão.

No Regional Sul 4 da CNBB, quando ainda era padre da diocese de Tubarão, dom Juventino foi professor do Instituto Teológico de Santa Catarina (ITESC) e coordenador regional da Comissão para a Catequese. Em nível nacional, também assessorou a Comissão para a Animação Bíblico-catequética da Conferência Episcopal.

Em 19 de novembro de 1997, o então padre Juventino Kestering foi nomeado bispo diocesano de Rondonópolis (MT) pelo Papa João Paulo II e recebeu a Sagração Episcopal no dia 8 de março de 1998, na catedral de Tubarão, pela imposição das mãos de dom Hilário Moser, SDB, assumindo como lema ‘Enviou-me para evangelizar’.

Em 22 de março de 1998, dom Juventino tomou posse como bispo diocesano de Rondonópolis. Em seu episcopado aconteceram as mudanças geográficas com anexação de mais cinco paróquias, passando a ser diocese de Rondonópolis-Guiratinga.

Em sua missão episcopal, dom Juventino Kestering atuou como membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB; membro do Departamento Missões e Espiritualidade, ao qual está ligada a seção Catequese, do Conselho Episcopal Latino Americano (Celam); e referencial da Catequese no Regional Oeste 2 da CNBB. 

Nota de pesar pelo falecimento de Dom Juventino Kestering

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifesta pesar pelo falecimento de Dom Juventino Kestering, bispo da Diocese de Rondonópolis-Guiratinga (MT), na manhã deste Domingo de Ramos, 28 de março, vítima das consequências da Covid-19. Unimo-nos em solidariedade aos familiares, amigos, ao povo de Deus no Sul de Mato Grosso e aos agentes da Animação Bíblico-Catequética de todo o Brasil, que puderam se enriquecer com a doação deste nosso irmão enviado para evangelizar.

Em preces pela alma de dom Juventino, reforçamos nossa Mensagem Pascal deste ano: “Cristo Ressuscitado, bálsamo da vitória da vida sobre a morte, seja perseverança em nosso caminhar, especial sustento para os profissionais e servidores da saúde, consolação para os enlutados e feridos no coração”.

Em Cristo,

Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte, MG
Presidente

Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre, RS
1º Vice-Presidente

Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima, RR
2º Vice-Presidente

Joel Portella Amado
Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ
Secretário-Geral

 

Fonte: CNBB

 

Nota da Diocese de Rondonópolis

Ordenado bispo, Dom Juventino Kestering assumiu a Diocese no dia 22 de março de 1998 e desde então cativou os corações de milhares de fiéis com o seu jeito terno, amigo e companheiro. Dom Juventino nasceu no dia 19 de maio de 1946 e foi ordenado padre em 14 de julho de 1973 em São Ludgero-SC. Atuou como vigário paroquial na Catedral de Tubarão e Coordenador Regional de Catequese do Sul 4 até o ano de 1988 quando se tornou Assessor Nacional de Catequese (1988-1991). Apaixonado pela catequese, Dom Juventino publicou vários materiais de apoio e não se cansava de oferecer formação aos catequistas e a todos os ministérios. Preocupado com a formação dos fiéis e com o fortalecimento dos grupos de famílias empenhou-se com muito entusiasmo na publicação de subsídios para as novenas e encontros de formação.

Com ampla experiência na formação presbiteral – Membro da Equipe de Formação do Seminário Teológico de Tubarão-SC (1991-1996), professor do Instituto de Santa Catarina, Florianópolis-SC (1992-1997) e Reitor do Seminário Teológico de Tubarão em Florianópolis-SC (1997), ao assumir a Diocese empenhou-se na formação de novos padres e na ampliação do Seminário Maior Maria, Mãe da Igreja, em Várzea Grande. Fazia questão de reunir os padres e oferecer encontros de formação, de lazer e de fortalecimento na fé.

Apesar de sua saúde frágil, participava com muita alegria dos encontros da Igreja tanto em nível local, regional e nacional e fazia questão de repassar todas as informações e sintonizar a Diocese às diretrizes da Igreja no Brasil.

Assumiu com muito carinho o programa “Deus cuida de mim”, a página eletrônica da Diocese e várias lives por meio dos quais sempre deixava uma palavra de carinho e de conforto a todos. Fazia questão de estar presente em todas as atividades da Diocese, mesmo que fosse apenas para dar uma bênção: na Escola de Teologia, no Curso Catequético -Teológico, nos Encontros de Noivos, nas reuniões do CIMI, dos Jovens, dos Ministros, dos catequistas, das CEBs, enfim, era um pastor que estava sempre cuidando de todos.

De um modo muito especial, acompanhava as aldeias indígenas e fazia questão de valorizar a cultura Bororo e inserir os povos indígenas nas atividades da Diocese: nas assembleias diocesanas, nas celebrações, na Romaria dos Mártires. Estava empenhado nos projetos da REPAM, na preparação para o 15º Encontro Intereclesial de CEBs, na construção do XVII Plano Diocesano de Pastoral e em tantos outros projetos, mas Deus quis que ele continuasse sua missão “do outro lado do caminho”, como dizia Santo Agostinho.

Nossa gratidão eterna a Dom Juventino, por ter doado grande parte da sua vida à nossa Diocese. Deixou sua terra, sua família, seus amigos e veio partilhar o amor de Deus em nosso meio, nos mostrando, na simplicidade, a grandeza do amor de Deus por nós. Obrigado, Dom Juventino pela vida doada, pelas sementes deixadas entre nós e pelo exemplo de coragem, de força e de esperança durante todo o tempo que Deus permitiu que o Senhor estivesse conosco. Muitas saudades, mas a certeza de que o senhor “combateu o bom combate, completou a corrida e guardou a fé e agora receberá a coroa da vitória”. Que Deus te conceda o mais belo dos lugares no céu.

Fonte: Diocese de Rondonópolis

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