Pe. Sebastião Sant'Ana Silva, SDN
Na Assembleia Geral dos Bispos do Brasil de 2005 foi instituída a Semana Nacional da Vida (01 a 07 de outubro) e o dia 8 de outubro como o Dia do Nascituro, ou seja, o dia daquele que está para nascer. A Comissão Episcopal Vida e Família da CNBB e a Pastoral Familiar pedem aos agentes pastorais que motivemos nossas comunidades a celebrarem com entusiasmo esse duplo e significativo evento.
A Igreja, que tem por missão anunciar o Evangelho da Vida, louva a Deus pelas inúmeras atividades que se realizam por toda a parte em favor da vida e da dignidade humanas. Porém, a Igreja não pode calar-se diante de tantos atentados à vida e à dignidade humanas que neste momento estão em curso. O livreto “Hora da Vida”, de 2019, traz sete temas que nos ajudam meditar como estamos agindo em relação aos nossos direitos, deveres, e nossa atitude em relação à vida.
A Vida é o valor mais sagrado depois de Deus
À Igreja compete anunciar, por todos os meios, o Evangelho da Vida, seguindo os passos do divino Mestre que veio ao mundo para que todos tivéssemos vida e vida em abundância (Jo 10,10). O respeito à vida humana é a base de toda ordem social. É óbvio, trata-se da defesa da vida desde sua concepção. No Brasil, a inviolabilidade do direito à vida tem "status" constitucional.
Os Direitos Humanos afirmam que o primeiro direito de uma pessoa é o direito à vida, valor inalienável. Todos os demais direitos dependem deste.Na defesa da vida humana desde sua concepção à sua morte natural é precioso o argumento de alguém que merece todo o respeito nos meios científicos, Prof. Jerôme Lejeune, pai da Genética Moderna: “Assim que é concebido, um homem é um homem”.
Dom Ricardo Hoeppers na Comissão Episcopal Vida e Família
As celebrações da Semana Nacional da Vida e do Dia do Nascituro, a partir do ano passado, ganharam motivação especial. A legalização do aborto voltou ao debate nacional. A Audiência Pública, convocada pela ministra Rosa Weber, foi realizada no Supremo Tribunal Federal nos dias 3 e 6 de agosto de 2018. Os leitores se recordam que Dom Ricardo Hoepers, Bispo da Diocese de Rio Grande (RS) e Pe. José Eduardo de Oliveira, da Diocese de Osasco (SP), apresentaram, de maneira brilhante e corajosa, a posição da CNBB naquela audiência (6/8/18).
Dom Ricardo – agora eleito novo presidente da Comissão Episcopal Vida e Fanília –, deverá desenvolver, no próximo quadriênio, grande trabalho em favor da Vida e da Família. Sua presença contagiante na última Peregrinação Nacional das Famílias (Aparecida, 25 e 26/05), seus vídeos convidando a todos à participação na Semana Nacional da Família e na Semana Nacional da Vida fizeram dele um pastor bem próximo ao rebanho.
Defesa da vida é missão do cristão e de todo ser humano
Ao instituírem a Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascituro, nossos bispos convidaram a todos os brasileiros e a todas as pessoas de boa vontade, sem distinção de classe e credo religioso, a serem defensores e promotores da vida. Aproveitaram a oportunidade privilegiada e lembraram aos homens de governo – juízes, deputados e senadores – a sua enorme responsabilidade de salvaguardar os direitos da vida humana como primeiro de todos os direitos. Esta responsabilidade deverá manifestar-se em gestos concretos nos setores executivo, legislativo e judiciário.
Os bispos propuseram a criação de comissões de defesa da vida e a participação dos leigos nas diferentes instâncias. Sugeriram a mobilização das pessoas para motivarem os vereadores, deputados e senadores de sua base eleitoral para que promovam e defendam a vida humana.
O "Hora da Vida" 2019 traz sete temas para meditarmos
O livreto “Hora da Vida” tem como objetivo ajudar nossas comunidades e famílias a se organizarem e a viverem bem a Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascituro. Este ano, o livro traz como tema de reflexão “Em Família defendemos a Vida!”
Eis os temas dos sete encontros oferecidos pelo “Hora da Vida” 2019:
1º) Políticas públicas em defesa da Vida;
2º) A missão da família na defesa da Vida;
3º) Os avós como origem e transmissores dos valores da Vida;
4º) Paternidade responsável na valorização da Vida;
5º) Juventude e valorização da Vida;
6º) Filhos e a transformação na Vida familiar;
7º) A Família e a relação com a Vida.
Por fim, a Celebração da Vida (8 de outubro, Dia do Nascituro). Os agentes da Pastoral Familiar devem estar atentos para que o livreto “Hora da Vida” esteja disponível.
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