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20/09/2022 Luis Miguel Modino - Regional Norte 1 Edição 3951 Dom Leonardo: “demos passos para que a Igreja possa dar passos” Regional Norte1 acolhe seu Cardeal
F/ L M Modino
"Uma Igreja onde o Verbo se fez carne e habita os beiradões, as aldeias, os quilombos, os assentamentos, as periferias. Uma Igreja que com seu cardeal, reafirma seu compromisso como Igreja junto aos povos que habitam nossa Querida Amazônia, a exemplo de Santarém, numa encarnação na realidade e evangelização libertadora, caminho de comunhão, participação e missão."

O Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) vive com alegria o carinho do Papa Francisco pela Amazônia, uma atitude que teve um grande gesto com a nomeação cardinalícia de Dom Leonardo Steiner, metropolita da província eclesiástica de Manaus.

“Demos passos para que a Igreja possa dar passos”

O Cardeal da Amazônia, que relatando sua estadia em Roma com motivo do consistório destacou a grande esperança que a Igreja universal está depositando na Igreja da Amazônia, dizendo esperar que “demos passos para que a Igreja possa dar passos”.

Dom Leonardo, que presidiu a Eucaristia que deu início aos trabalhos do segundo dia da Assembleia, que acontece de 19 a 22 de setembro de 2022, representadas nos mais de 70 participantes da 49ª Assembleia do Regional e nos seminaristas das dioceses e prelazias que se formam no Seminário São José, insistiu mais uma vez, como tem feito desde que conheceu sua nomeação, que seu cardinalato “é mais um gesto do Papa Francisco em relação às nossas igrejas que estão na Amazônia, não é uma questão pessoal”.

O cardeal Steiner se referiu às palavras do Papa Francisco quando ele entregou os distintivos cardinalícios, onde mostrou “o olhar dele para as igrejas que estão na Amazônia, não um olhar para os bispos, um olhar para a Igreja que está na Amazônia”. Uma Igreja que “procurou nesse tempo todo ser uma Igreja encarnada, uma Igreja participante das dificuldades, das tensões, das injustiças”, insistindo em que estamos diante de “um pequeno sinal do Papa Francisco do que ele espera de nós como Igreja que está aqui encarnada e procura ser uma Igreja consoladora e libertadora”.

Agradecendo os presentes que cada uma das dioceses e prelazias do Regional entregaram para ele, que definiu como “bonitos e significativos”. Como já tinha feito na homilia, Dom Leonardo destacou a importância da Palavra, um elemento presente em seu lema episcopal. “O Verbo feito carne”. Uma Palavra presente nas igrejas do Regional, uma Igreja que “no meio das intempéries nós vamos nos gestando uma Igreja na força da Palavra”.

Sem a Palavra, não há libertação

“Uma Palavra que vai nos gestando, nessa dinâmica da maternidade da Palavra”, afirmou o purpurado, que vê a Palavra como aquilo que “vai tornando a vida cada vez mais harmônica, para que a vida chegue a sua plenitude e se torne palpável e visível”. O cardeal Franciscano lembrou do pedido de Francisco de Assis aos seus irmãos, chamando-os “a que concebessem a Palavra e a dessem à luz”.

Uma Palavra que ao se tornar luz aparece como “Palavra consoladora, Palavra de Vida”, que vai nos transformando e nos tornando na Palavra irmãs e irmãos. Uma Palavra que em nós se torna visível, sensível, uma Palavra que vai formando, gestando comunidades através de séculos, algo que na Amazônia faz parte da vida das comunidades mais distantes, que “são gestadas continuamente pela Palavra”.

Uma Palavra que vai se tornando visível “nos nossos gestos, na nossa proximidade, na nossa samaritaniedade, no nosso despojamento, nosso esvaziamento, no nosso acolhimento. Uma Igreja presente, ativa, transformadora, libertadora, que nós queremos ir meditando nesses dias, uma Igreja que realmente vai se encarnando”. Uma Igreja que, segundo Dom Leonardo, “vai percebendo que sem a Palavra, ela não liberta”, insistindo em “como estamos hoje necessitados de uma libertação”. Uma Palavra que “ajuda a transformar as nossas realidades sociais, e por que não dizer, as nossas realidades políticas”.

No Evangelho do dia, Dom Leonardo também disse ver “uma Palavra de esperança, uma Palavra iluminadora para perseverarmos nesse caminho que estamos trilhando há tanto tempo, um caminho que é uma herança de uma Igreja que caminhou tanto através dos séculos”. A partir daí mostrou seu desejo de continuar caminhando “numa Igreja que sai, que todos somos povo de Deus, uma Igreja profundamente sinodal”.

Uma Igreja onde o Verbo se fez carne e habita os beiradões, as aldeias, os quilombos, os assentamentos, as periferias. Uma Igreja que com seu cardeal, reafirma seu compromisso como Igreja junto aos povos que habitam nossa Querida Amazônia, a exemplo de Santarém, numa encarnação na realidade e evangelização libertadora, caminho de comunhão, participação e missão.

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