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31/03/2021 Dom Emanuel Messias de Oliveira Edição 3934 DOMINGO DA PÁSCOA NA RESSURREIÇÃO DO SENHOR 04/4/2021
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"Ele viu e acreditou. Quem ama tem intenções profundas; vê além das aparências e vai mais longe. O discípulo que Jesus amava percebeu claramente que Jesus tinha ressuscitado dos mortos."

DOMINGO DA PÁSCOA NA RESSURREIÇÃO DO SENHOR 04/4/2021

1ª LEITURA - At 10,34a.37-43

 Em Atos 10 Lucas (autor do terceiro Evangelho e dos Atos dos Apóstolos) apresenta a abertura da Igreja para os pagãos. Pedro é a figura principal. Mais tarde, Paulo vai-se tornar o apóstolo dos gentios (= pagãos ou gregos). Antes, judeu não podia nem ter contato com pagãos. Pedro rompe este esquema guiado pelo Espírito Santo. Na casa do pagão Cornélio, Pedro faz um discurso-sermão mostrando que Deus não faz distinção de pessoas, de raça ou nação. Agora, para pertencer ao povo de Deus basta temer a Deus e praticar a justiça. Os pagãos podem, portanto, fazer parte do Novo povo de Deus. Essa é a novidade que Jesus nos trouxe.

No texto de hoje, Pedro sintetiza a atuação de Jesus. Ele foi ungido por Deus pelo Espírito Santo e com poder. Pregou por toda parte a Boa Nova fez o bem a todos e curou os que estavam dominados pelo demônio. Mas os judeus o mataram, pregando-o numa cruz. Deus, porém, o ressuscitou no terceiro dia e lhe concedeu aparecer à suas testemunhas. Pedro mostra também a função das testemunhas: pregar que Jesus foi constituído por Deus Juiz dos vivo e dos mortos; lembrar que todos os profetas dão testemunho de Jesus; e afirmar que todo aquele que crê em Jesus recebe em seu nome o perdão dos pecados.

 2ª LEITURA - Cl 3,1-4

No capítulo 2º Paulo falou sobre o batismo através do qual o cristão participa da morte e ressurreição de Cristo. Como Cristo morreu e foi sepultado, o cristão também, coberto pela água do batismo, morre para o mundo do pecado. Como Cristo ressuscitou para uma vida nova, também o cristão, emergindo da água, ressuscita para uma vida nova com Cristo. Aqui Paulo conclui o seu raciocínio. Se os cristãos ressuscitaram com Cristo, eles não pertencem mais a este mundo de pecado. Eles têm, agora, um compromisso novo; não pecar nem buscar mais as coisas da terra, mas sim as coisas do alto, do céu, de onde  Cristo reina.

A vida do cristão é Cristo; sua vida está escondida em Cristo, no céu. Para as coisas do mundo, o cristão já está morto, mas ele  não vive ainda na glória. Ele vive uma vida de fé, participando das dificuldades normais deste mundo, procurando sempre evitar o pecado. A vida do cristão só aparecerá gloriosa junto com Cristo, quando Cristo, que é sua vida, aparecer na sua glória. Que cristão é este que tem a obrigação de viver como se já estivesse ressuscitado? Esse cristão é você, sou eu, somos todos nós. Que estamos esperando para vivermos em profundidade o sentido do nosso batismo?

 EVANGELHO - Jo 20,1-9

  1. a) Maria Madalena e o túmulo vazio

No 1º dia da semana (dia de domingo) - o dia da nova criação, Maria Madalena vai ao túmulo. Ela vai visitar o cadáver de Jesus. Ela simboliza a comunidade sem fé, caminhando ainda no escuro. Ela acha que roubaram o corpo de Jesus. Quem não tem fé busca explicações racionais para tudo: houve um roubo. É isso que ela transmite para Pedro e para o discípulo que Jesus amava.

  1. b) Os dois discípulos vão ao túmulo

A comunidade por falta de fé não estava reunida. Os dois discípulos correm ao túmulo. O discípulo que Jesus amava chega primeiro, não simplesmente porque é mais jovem, mas por causa do amor. Quem ama chega mais rápido, entende mais, acolhe mais, aceita mais. Por respeito, ele não entra, apenas se inclina e vê os panos de linho estendidos. Simbolicamente o túmulo é para João a cama nupcial, não lugar de morte, mas lugar de encontro com o Senhor da vida com a comunidade-esposa.

Pedro chega, olha e vê tudo: os panos de linho estendidos e o sudário dobrado num lugar à parte. Ladrões não teriam este cuidado de deixar as coisas arrumadinhas. O corpo de Jesus, portanto, não foi roubado. Mas Pedro não chega a conclusões maiores. Ele representa, como Maria Madalena, neste momento, a comunidade ainda incrédula. Então, o outro discípulo entrou também. Ele viu e acreditou. Quem ama tem intenções profundas; vê além das aparências  e vai mais longe. O discípulo que Jesus amava percebeu claramente que Jesus tinha ressuscitado dos mortos.

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