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25/05/2023 Antônio Carlos Santini Edição 3959 E os amaste como a mim... (Jo 17,20-26) - 25/05/2023
F/ O Lutador
"Ajuda a compreender que o Pai tenha entregado à morte o seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, para nos salvar da perdição eterna. A explicação está nesse desmedido Amor divino, do qual a raça humana é objeto. E o Filho, que experimenta por nós um amor igual, aceita de boa vontade cooperar com o plano de salvação proposto pelo Pai amoroso."

E os amaste como a mim... (Jo 17,20-26) - 25/05/2023

                Dirigindo-se ao Pai, Jesus faz uma afirmação que devia chocar a todos que a leem: nós somos amados pelo Pai com o mesmo amor que ele dedica ao Filho, Jesus. O Justo e os pecadores, o Santo e os decaídos, somos todos amados igualmente – isto é, infinitamente – pelo Pai!

                Naturalmente, esta verdade tem sérias consequências. Em primeiro lugar, ajuda a compreender que o Pai tenha entregado à morte o seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, para nos salvar da perdição eterna. A explicação está nesse desmedido Amor divino, do qual a raça humana é objeto. E o Filho, que experimenta por nós um amor igual, aceita de boa vontade cooperar com o plano de salvação proposto pelo Pai amoroso.

                Em segundo lugar, vemo-nos forçados a abandonar de vez aquela velha ideia de que o amor deva ser “merecido”. Os bons são amáveis; os maus, não o são. Ora, como diz São Paulo, “com efeito, quando ainda éramos fracos, Cristo a seu tempo morreu pelos ímpios. É difícil que alguém queira morrer por um justo; talvez aceitasse morrer por um homem de bem. Mas nisto Deus prova o seu amor para conosco: Cristo morreu por nós quando ainda éramos pecadores”. (Rm 5,6-8.)

                Os honestos sentem dificuldade em aceitar esta evidência: Deus, o Pai, ama igualmente a vitima e o agressor, pois ambos são filhos! E sofre com ambos! Depois disto, não podemos insistir em discriminar as pessoas e em decidir quem “merece” e quem não merece o nosso amor. A quem devemos considerar como irmão e a quem podemos rotular de fera, animal e bandido...

                Quando o Papa João Paulo II foi à penitenciária para levar o seu perdão àquele homem que lhe dera três tiros, o turco Ali Agca, deu-nos a demonstração de que conhecia muito bem esta realidade: seu agressor era amado por Deus, apesar do mal que havia cometido. Também para ele continuava aberto um caminho de volta à casa do Pai, uma possibilidade de arrependimento e conversão. Por isso mesmo, do alto da cruz, Jesus suplicava ao Pai que perdoasse os seus agressores...

                Isto é amor. O contrário é o ódio. E, para quem segue a Jesus Cristo, nada justifica que o amor ceda lugar ao ódio...

                Meu coração ainda conserva sementes de ódio e violência? Que tenho feito para exercitar o amor de Deus que foi depositado em mim?

 

Orai sem cessar: “Senhor Jesus, ensina-me a perdoar!”

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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