TUDO EM FAMÍLIA (69)

Entre o amor e o interesse

1. Coisas que acontecem

No romance e no teatro, os autores sempre aproveitaram o conflito entre pais e filhos na escolha do noivo ou da noiva, como no clássico “Romeu e Julieta”. Shakespeare, Molière e muitos outros dedicaram-se ao tema: dois jovens que se amam, mas encontram a oposição dos pais, que veem no casamento uma oportunidade para realizar outros interesses práticos, sejam eles sociais, materiais ou financeiros.

Ainda hoje, em alguns países – em especial no Oriente – os casamentos são firmados ainda na infância, sem que se leve em conta os sentimentos e os afetos dos noivos envolvidos.

2. Pensando juntos

Obviamente, a Igreja considera a liberdade de escolha como um elemento essencial do matrimônio cristão. Assim escreve Jacques Leclercq: “A atitude da Igreja em face do matrimônio é muito clara: toma o partido do amor e não deixou ainda de usar toda a sua influência para centrar o matrimônio no amor, resistindo às tendências que os separam. Centrar o matrimônio no amor e o amor no matrimônio, de tal maneira que não haja matrimônio sem amor, nem amor fora do matrimônio. Segundo a concepção da Igreja, o amor está feito para o matrimônio, e o matrimônio para o amor, e um e outro para a família”.

Vê-se nesta posição da Igreja um profundo respeito pela pessoa, por seu desenvolvimento e sua realização. Por isso mesmo, jamais poderia aceitar que pessoas fossem moeda de troca ou mercadoria a ser comercializada. Ademais, um matrimônio realizado sem a liberdade dos cônjuges seria radicalmente nulo.

3. Para uma reunião de casais

- Você admite que os filhos possam ser sejam induzidos a um casamento sem que exista amor entre os noivos?

- Você conhece pessoas que se casaram até certo ponto forçadas pelos pais?

- Qual foi a reação de seus pais quando você manifestou a escolha de seu noivo ou noiva?

- Você precisou enfrentar algum tipo de oposição da parte dos pais? Ou sofreu pressão para escolher determinada pessoa como noivo ou noiva?