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27/10/2023 Luis Miguel Modino - Enviado especial Sínodo Edição 3964 Francisco pede o olhar misericordioso de Maria para
"Em meio a tantos conflitos, o pontífice pediu que ela nos ensinasse "a acolher e cuidar da vida - toda a vida humana! - e a repudiar a loucura da guerra, que semeia a morte e elimina o futuro". Reconhecendo que permanecemos surdos aos seus apelos, sabendo que "a senhora nos ama, não se cansa de nós", ele lhe implorou: "Tome-nos pela mão, leve-nos à conversão, faça-nos colocar Deus novamente no centro..."

Uma hora de oração para pedir a paz no mundo em um dia em que o Papa Francisco pediu jejum, oração e penitência. A Basílica de São Pedro acolheu esse momento no qual a Igreja Católica, com a presidência do sucessor de Pedro, comprometida em ser artífice da paz, junto com outras igrejas, já que há vários delegados fraternos presentes na Assembleia Sinodal, pediu a intercessão de Maria, a Mãe, que "conhece nosso cansaço e nossas feridas", com a recitação do Rosário.

A angústia da guerra

Francisco se dirigiu a Maria, dizendo: "Rainha da Paz, tu sofres conosco e por nós, vendo tantos de teus filhos dilacerados pelos conflitos, angustiados pelas guerras que dilaceram o mundo", relatando situações que são vividas em tantos lugares do planeta e, nos últimos dias, de modo especial na Terra Santa.

"Nesta hora de escuridão, mergulhamos em seus olhos luminosos e nos confiamos ao seu coração, que é sensível aos nossos problemas e que não estava isento de preocupações e medos", foi a oração oferecida àquela que é Mãe, recordando as preocupações vividas quando não havia lugar para Jesus no abrigo, na fuga para o Egito, quando Jesus se perdeu no templo. Nos momentos de provação, Francisco enfatizou sua coragem e audácia, "você confiou em Deus e respondeu à preocupação com cuidado, ao medo com amor, à angústia com doação".

Nos momentos decisivos, ela não recuou

Sobre Maria, o Papa disse que ela é aquela que nos momentos decisivos não recuou, mas tomou a iniciativa, como refletido em várias passagens do Evangelho, sendo "uma mulher humilde e forte", uma tecelã de esperança em meio à tristeza. Ele pediu que ela "mais uma vez tomasse a iniciativa em nosso favor, nestes tempos de conflito e devastados pelas armas". Que ela volte "seus olhos misericordiosos para a família humana que perdeu o caminho da paz, que preferiu Caim a Abel e que, perdendo o senso de fraternidade, não recupera o calor do lar. Interceda por nosso mundo em perigo e confusão".

Em meio a tantos conflitos, o pontífice pediu que ela nos ensinasse "a acolher e cuidar da vida - toda a vida humana! - e a repudiar a loucura da guerra, que semeia a morte e elimina o futuro". Reconhecendo que permanecemos surdos aos seus apelos, sabendo que "a senhora nos ama, não se cansa de nós", ele lhe implorou: "Tome-nos pela mão, leve-nos à conversão, faça-nos colocar Deus novamente no centro. Ajude-nos a manter a unidade na Igreja e a sermos artesãos da comunhão no mundo. Lembre-nos da importância de nosso papel, faça com que nos sintamos responsáveis pela paz, chamados a orar e adorar, a interceder e a reparar por toda a raça humana".

Corações aprisionados pelo ódio

Afirmando que ela nos conduz a Jesus, que é a nossa paz, recorrendo ao seu Coração imaculado, o Papa lhe implorou misericórdia e rogou pela paz. Para isso, disse ele, "mova os corações daqueles que estão presos pelo ódio, converta aqueles que alimentam e fomentam conflitos". Ela enxuga as lágrimas das crianças, assiste os solitários e os idosos, ampara os feridos e os doentes, protege aqueles que tiveram que deixar sua terra e seus entes queridos, consola os desanimados, reaviva a esperança.

A Maria, Rainha da Paz, Francisco entregou e consagrou "cada fibra de nosso ser, o que temos e o que somos, para sempre". Ele a consagrou à Igreja, para que "seja um sinal de harmonia e um instrumento de paz", e ao mundo, especialmente aos países e regiões em guerra. E pediu a ela que fosse "um lampejo de luz na noite dos conflitos" e que inspirasse os líderes das nações com caminhos de paz. Que ela reconcilie "seus filhos, seduzidos pelo mal, cegos pelo poder e pelo ódio", que ela transponha "nossas lacunas de separação", que ela nos ensine "a cuidar dos outros" e "testemunhas de seu consolo", que ela derrame "nos corações a harmonia de Deus".

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