Entrevistas Vocacional
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05/09/2019 Frt. Dione Afonso, SDN Edição IV CONGRESSO VOCACIONAL: vocação e discernimento
F/PV-CNBB
" Essa consciência vocacional é “reavivada pelo compromisso de um testemunho vivencial, forte, engajado, sobretudo com a vida do próximo conferindo-lhe dignidade assim como Paulo demonstrou à comunidade dos Colossenses. Não somos perfeitos. E, Paulo ensina-nos a encontrar em nossa fraqueza o nosso limite. Não reconhece-los é permitir que não assumamos o nosso compromisso com a fonte vocacional"

IV CONGRESSO VOCACIONAL: vocação e discernimento

 

 

Iniciou-se hoje em Aparecida-SP o 4º Congresso Vocacional do Brasil, com o tema “Vocação e Discernimento” e o lema “mostrai-nos ó Senhor, vossos caminhos” [Sl 25,4]. Nesta quinta-feira a celebração de abertura teve a presidência de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte-MG e atual presidente da CNBB. Em sua homilia, Dom Walmor destaca a importância das comunidades zelarem “da consciência vocacional, pois sem ela perdemos a dinâmica missionária da igreja”.

 

Cuidar da Consciência Vocacional

É preciso “cuidar da fonte que é a consciência vocacional de todos” – afirma Dom Walmor – “o congresso nos desafia a pensar no que fazer. Nos debruçar sobre essa fonte importante. Sem consciência vocacional a igreja enfraquece. Esse congresso significa a nossa preocupação é zelo dessa consciência”. Um destaque aos novos desafios foi levantado em sua homilia. O momento em que vivemos hoje é delicado e que nos interpela a termos ações novas e ousadas diante dos desafios atuais.

Na homilia também foi voltada para o tema da vocação não como simplesmente um chamado, mas uma possibilidade de abertura, de diálogo. E, usando um método de parábolas, Dom Walmor usa a imagem das nascentes de um rio. Ele diz que assim que há a nascente, há também a vocação. Ele diz que “muitas fontes já secaram. E, por causa disso estamos pagando um preço muito alto”. Dom Walmor alerta-nos e nos provoca ao afirmar que se as vocações estão num momento ruim da história, é porque não cuidamos das fontes. Algo semelhante acontece com nossa Casa Comum hoje, assim como as fontes estão secando, nossa água, dom precioso, dom da vida também está a secar. Falhamos com o cultivo de uma consciência vocacional, assim como falhamos com o Cuidado com a Casa Comum. A água é “um bem supremo. Sem nascentes não teremos água para sobreviver. Sem consciência vocacional bem cuidada não teremos uma igreja aberta à missão”, conclui Dom Walmor.

 

Sem consciência vocacional não somos missionários

Quereis continuar dando passos? “Sem a beleza do vigor e da alegria e da força que vem da vocação não teremos condições de seguir adiante”, o fim terá seu percurso estagnado se não seguirmos as ondas e navega-lo. Dom Walmor lembra da fala de Paulo na Carta aos Colossenses, “o apóstolo Paulo lembra e nos indica que o grande projeto é chegar ao conhecimento pleno de Deus na luz do Espírito. O cuidado com a fonte antes de ser a caridade, ou seja, aquilo que a gente faz, é preciso cuidar daquilo que a gente é. Por isso é um grande respeito e cuidado olhar para a maneira à qual vivemos a nossa Consagração que, nada mais é que o nosso voto batismal”. Que essa fonte possa ofertar para nossos jovens sempre uma água limpa, capaz de produzir bons frutos.

É preciso cuidar então dessa consciência vocacional. “Para promover a consciência vocacional em cada família, comunidade, é preciso olhar as nossas ações pastorais. Essa é a  grande força da consciência vocacional realizada em toda a igreja. Cada batizado tem uma dinâmica própria e, nós, enquanto Consagrados somos chamados a despertar essa dinâmica da fé gerada pelas águas do batismo”.

 

Consciência vocacional é reavivar o testemunho

 Essa consciência vocacional é “reavivada pelo compromisso de um testemunho vivencial, forte, engajado, sobretudo com a vida do próximo conferindo-lhe dignidade assim como Paulo demonstrou à comunidade dos Colossenses. Não somos perfeitos. E, Paulo ensina-nos a encontrar em nossa fraqueza o nosso limite. Não reconhece-los é permitir que não assumamos o nosso compromisso com a fonte vocacional. “É preciso nos deixar interpelar pela escuta da Palavra de Deus”, diz Dom Walmor, “foi a partir da Palavra que o povo se reuniu à beira de um lago para ouvir o Senhor”.

 

A Consciência Vocacional nasce da Igreja da Palavra

“A palavra de Deus para o caminho vocacional é a ferramenta primeira e mais importante”. Por isso a nossa convicção. Dom Walmor complementa falando da Igreja da Palavra, “se não nos tornarmos uma Igreja da Palavra cada vez mais, nunca nos deixaremos viver interpelações fortes no caminho vocacional em nossa igreja”.

É da escuta da Palavra proclamada que o despertar da consciência vocacional pode nos levar a experimentar o caminho do Senhor. “Nunca deixemos de proclamar a Palavra” – exorta Dom Walmor – “é ela que nos dá força e sabedoria e que ilumina nossa consciência. Seduzindo-nos e nos encantando para o seguimento de Cristo”, conclui Dom Walmor.

 

Texto de Frt. Dione Afonso, SDN

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