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30/03/2023 Antônio Carlos Santini Edição 3957 Jamais provará a morte... (Jo 8,51-59) - 30/03/2023
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"A Palavra de Deus – isto é, o próprio Jesus Cristo – se autodefine como “caminho, verdade e vida”. Se aderimos a ele, passamos pela barreira da morte como quem se projeta na vida definitiva, quando já haverá “nem luto, nem pranto, nem dor” (Ap 21,4), e a própria morte será obrigada a devolver os seus mortos (cf. Ap 20,13)."

PALAVRA DE VIDA

30/03/2023 – Jamais provará a morte... (Jo 8,51-59)

                Dentro da condição humana, a morte é experimentada como um fim inevitável. Para muitos, ela é o fim de tudo. Todos os sonhos e as esperanças humanas acabam por ela aniquilados. Esse destino tem como definição a conhecida frase do Gênesis que fazia parte do ritual da Quarta-feira de Cinzas: “Lembra-te, homem, que és pó e ao pó voltarás”. (Gn 3,19)

                No entanto, a própria Escritura acena com a possibilidade de escapar à morte, quando nos coloca em uma encruzilhada com uma escolha à nossa disposição: “Vê que eu hoje te proponho a vida e a felicidade, a morte e a desgraça. Se obedeceres aos preceitos do Senhor teu Deus, [...] viverás e te multiplicarás. Se, porém, o teu coração se desviar e não quiseres escutar, [...] certamente perecereis”. (Dt 30,15-18)

                Igualmente, o salmo que serve de pórtico para o saltério nos fala de dois caminhos: a Lei do Senhor e o caminho dos maus: no primeiro, a árvore sempre verde e carregada de frutos; no segundo, a palha seca que o vento leva. (Sl 1)

                É fácil interpretar estas passagens apenas do ponto de vista moral, considerando a recompensa dos bons e o castigo dos maus. Mas elas seriam mais tarde iluminadas pelas palavras de Jesus, neste Evangelho de São João: “Se alguém guardar a minha palavra, jamais provará a morte”. (Jo 8,52)

                A Palavra de Deus – isto é, o próprio Jesus Cristo – se autodefine como “caminho, verdade e vida”. Se aderimos a ele, passamos pela barreira da morte como quem se projeta na vida definitiva, quando já haverá “nem luto, nem pranto, nem dor” (Ap 21,4), e a própria morte será obrigada a devolver os seus mortos (cf. Ap 20,13).

                A consoladora lição de Jesus é que a comunhão do homem com Deus irá conduzi-lo à imortalidade. Por natureza, somente Deus é imortal [a-thanatos], mas o homem que entra em simbiose com o Filho de Deus passa a viver seu caráter imortalidade: “já não sou que vivo, é Cristo quem vive em mim”. (Gl 2,20)

                Na Igreja Católica, com o sacramento da Eucaristia – quando somos alimentados pelo Corpo e pelo Sangue de Cristo -, esta promessa atinge seu ponto mais alto. E não se trata de alguma interpretação piedosa, mas de uma promessa ouvida da boca do próprio Senhor pelos primeiros apóstolos: “Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Aquele que de mim se alimenta viverá por meio de mim”. (Jo 6,53.57)

                Duas fontes de vida eterna: a Palavra de Deus e a Eucaristia.

Orai sem cessar: “Senhor, dai-nos sempre deste pão!” (Jo 6,34)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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