Formação Juventude
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01/06/2018 Frt. Dione Afonso, SDN Edição 3901 Jovens: é preciso ouví-los JUVENTUDE [Protagonistas do presente e do futuro, sujeitos da nossa história comum...
F/VaticanNews
"Uma tentativa de escapar dessa sociedade desenraizada é a promoção do diálogo, sobretudo o diálogo entre os jovens e idosos, pois são os descartados da sociedade. Os jovens por falta de credibilidade, falta de confiança e porque enfrentam estereótipos excludentes: são irresponsáveis, são imaturos, são inexperientes. "

JOVENS: É PRECISO OUVÍ-LOS!

Frt. Dione Afonso, SDN

dafonsohp@outlook.com

 

 

A juventude é marcada por forte transitoriedade. Uma fase em que os jovens se esforçam para mostrar que não se é mais criança, mas, no entanto, ainda não se tem a idade adulta. Numa conversa com Thomas Leoncini, Papa Francisco afirma que “o jovem sempre tem um pé na frente do outro, pronto para partir, para sair em disparada. Sempre lançado para a frente... Os jovens são capazes de olhar com esperança”.

 

“Deus é Jovem!” Nesse caminho, o papa ainda afirma que “os adultos caminham, mas mantém os pés paralelos”. Falta-lhes a força da juventude. O mundo nos coloca diante de experiências diversas que marcam para sempre nossas vidas. Quando olhamos para o testemunho daqueles que olham saudosos para o tempo da juventude, percebemos que falar sobre o jovem “significa falar de promessa e, falar de promessa significa falar de alegria”. A força e o vigor físicos, do corpo, tendem a ser reflexos de um espírito jovem e sonhador, utópico e cheio de esperança. Nesse sentido, “Deus é jovem! É sempre uma novidade para nós. Um Deus não é só Pai, mas, Filho e, Irmão. Ele põe a juventude no centro. Retira-os da margem à qual foram relegados e os apresenta como protagonistas do presente e do futuro, sujeitos da nossa história comum” [Papa Francisco].

 

A juventude está sempre em movimento. É fundamental reconhecer os processos humanos e históricos dos nossos jovens. Sua complexidade e pluralidade colocam os jovens numa espécie de furacão, onde os ventos fortes e sem direção os lançam para todos os lados possíveis sem oferecer raízes concretas nem experiências reais. “Os jovens de hoje – diz o papa – estão crescendo numa sociedade sem raízes. É desenraizada porque o jovem cresce em uma família sem história, sem memória, sem raízes... Se não temos raízes, qualquer vento pode nos arrastar”.

Tentar universalizar esses processos de desenvolvimento e crescimento juvenis é fadar-se ao fracasso, pois esse modelo não se encaixa no que vivemos na contemporaneidade. Desde 2013, sobretudo com a Campanha da Fraternidade sobre a juventude, o termo “juventudes” tem a tentativa de mostrar que os jovens têm a capacidade de se reunirem em grupos por “afinidades”, nos quais compartilham experiências parecidas. “Eles criam seus ambientes de encontro, formam novas maneiras de se relacionar comunitariamente, mobilizam fortemente as Redes Sociais... Reúnem-se de acordo com seus gostos, costumes, ideologia, etnia, classes sociais...” [cf. TB-2013, nº. 71-74].

“Para compreender um jovem hoje você tem que entendê-lo em movimento. Você não pode ficar parado e pretender situar-se na profundidade da sua onda. Se quisermos conversar com um jovem, devemos ser móveis, e então ele vai diminuir a velocidade para nos ouvir; é ele quem tomará a decisão” [Papa Francisco].

 

Juventude e profetismo. Uma tentativa de escapar dessa sociedade desenraizada é a promoção do diálogo, sobretudo o diálogo entre os jovens e idosos, pois são os descartados da sociedade. Os jovens por falta de credibilidade, falta de confiança e porque enfrentam estereótipos excludentes: são irresponsáveis, são imaturos, são inexperientes. E, posto isso, caem numa exploração descabida, são explorados por “empregadores com falsas promessas, com salários que não chegam jamais, com a desculpa de que são jovens e devem primeiro fazer um estágio, uma experiência profissional”.

O profetismo de Joel, no Antigo Testamento nos convida a uma forte conversão. Diante de uma dificuldade que coloca a vida em apuros, o profeta convida o povo a suplicar a Deus. A falta de alimentos, de vinho e de azeite e, até mesmo, no Templo não se tinha mais o que ofertar, Joel exorta que mesmo “tendo desaparecido dos homens a alegria”, ofereçam tudo o que possuem através do jejum, do luto para que a bênção de Deus paire sobre o povo.

E o Senhor responde ao povo: “derramarei o meu espírito sobre todos vocês... entre vocês, os anciãos terão sonhos e os jovens terão visões” [Jl 3,1]. Para salvar a nossa sociedade hoje é necessário esse diálogo. Os idosos devem dar a memória aos jovens. “Para que nossos jovens tenham visões, sejam sonhadores, possam enfrentar os tempos futuros com audácia e coragem, é necessário que escutem os sonhos proféticos de seus antepassados”.

 

Sínodo dos Jovens, outubro de 2018. O Papa Francisco se reuniu com jovens do mundo todo numa reunião pré-sinodal onde ele quis ouvir dos jovens o que eles esperam dele e da igreja no sínodo que se aproxima. O texto que surgiu desse diálogo está dividido em três partes: 1].  Desafios e oportunidades dos jovens no mundo de hoje; 2]. Fé e vocação, discernimento e acompanhamento; e, 3]. A ação educativa e pastoral da igreja. A partir da edição deste mês, a Revista O Lutador, através desta página trará pra vocês as questões que surgiram dessa conversa com o papa e abrirá o espaço para que você, jovem, também possa dar a sua contribuição. Envie seu e-mail ou comente também através de nossa página pelo Facebook. Use a #OLutadorJovem e deixe o seu recado

Dê a sua contribuição:

  1. Sobre a participação no Mundo Digital: De que maneira as novas tecnologias contribuem na formação da identidade e no estilo de vida dos jovens hoje, entre oportunidades, perigos e desafios?
  2. Sobre o futuro: O que sonham os jovens para a sua vida e para a sociedade em que vivem, e de que modo se comprometem para concretizar estas suas aspirações?

 

Nós da Revista O Lutador queremos ouví-lo! #OLutadorJovem

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