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13/05/2020 Padre Reginaldo Manzotti Edição 3924 Maria: modelo de fé
F/ Pixabay
" Maria torna-se a ‘Mulher’, nova Eva, ‘mãe dos viventes’, Mãe do ‘Cristo total’."

Padre Reginaldo Manzotti

 Maria é nossa Mãe, que intercede por nós junto a Jesus. Como nas Bodas de Caná, Ela continua a ver nossas necessidades e leva-las ao Filho. Ao mesmo tempo continua sempre a nos dizer: “Façam tudo o que meu Filho vos disser” (cf. Jo 2,5). Baseando-nos no exemplo de Maria, um dos carismas da Obra Evangelizar é Preciso é a Intercessão. 

Ela é modelo de fé. Sobre isso, Santo Agostinho disse: “Mais bem-aventurada, pois, foi Maria em receber Cristo pela fé do que em conceber a carne de Cristo. A consanguinidade materna, de nada teria servido a Maria, se Ela não se tivesse sentido mais feliz em acolher Cristo no seu Coração, que no seu seio”.

A Anunciação a Maria inaugura a “plenitude dos tempos” (Gl 4,4), ou seja, o cumprimento das promessas e dos preparativos para a chegada do Messias. O Anjo a saúda: “Ave cheia de graça” (Lc 1,28). Na fé, Maria acolheu o anúncio, questionou, mas não duvidou, acreditou que para Deus “nada é impossível” e deu seu consentimento: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra”. (Lc 1,26-38).

A cheia de graça, como disse o Arcanjo, buscou a luz. E não pensemos que Ela tinha clarividência. Ela não entendia os fatos que aconteciam na sua vida e na de Seu Filho, mas em nenhum momento reclamava ou se revoltava. Ao contrário, com paciência, “guardava tudo em Seu coração”.

Essa expressão mostra que enquanto humana Maria também teve momentos de obscuridade. Ela não compreendia tudo, mas diante do que não compreendia, mergulhava em oração. Buscava esclarecer em Deus.

Maria foi a primeira anunciadora do Filho. Ao visitar Sua prima Isabel, é portadora da alegria da Boa-nova e da luz do Espírito Santo. Foi pela fé que Ela, ao dar à luz a Jesus entre os animais em um estábulo, acreditou que Ele era o Filho de Deus. E, quando O viu maltratado e crucificado, acreditou que Ele era o Salvador.

Humilde e obediente, Maria se sujeita à lei mosaica da purificação. Embora o mistério da concepção e do parto virginal a preserve de qualquer impureza e apresente no Templo, Aquele que é o Filho de Deus, o próprio Deus (Lc 2,22-24).

Maria continuou com Sua missão junto aos apóstolos. Ao final desta missão do Espírito, Maria torna-se a ‘Mulher’, nova Eva, ‘mãe dos viventes’, Mãe do ‘Cristo total’. É nesta qualidade que Ela está presente com os Doze, ‘com um só coração, assíduos à oração’ (At 1,14), na aurora dos ‘últimos tempos’ que o Espírito vai inaugurar na manhã de Pentecostes, com a manifestação da Igreja.

Termino citando São Francisco de Sales: “Não existe devoção a Deus sem amor à Santíssima Virgem”.

Deus abençoe.

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