1. Coisas que acontecem

Juliano teve um pai amigo e sempre presente. Simples ferroviário, fazia turno no trabalho. Nas horas de folga, levava o filho para pescar. Em casa, jogavam víspora e damas. A família se reunia em torno do rádio para ouvir os programas preferidos.

Martinho teve um pai frio e distante, quase sempre ausente. Diretor de uma fábrica, viajava com frequência para visitar os clientes e participar de promoções. Em casa, estava sempre cansado, irritado, e não dava atenção aos filhos.

Quando Juliano se casou e nasceu o primeiro filho, ele pensou: “Quero ser um pai parecido com meu pai”. Martinho, ao contrário, casou-se com uma determinação: “Farei tudo para ser um pai diferente do meu pai”.

Juliano conseguiu realizar o seu projeto. Martinho, ao contrário, mesmo sem perceber, foi repetindo o mesmo modelo de seu pai. O trabalho, o dinheiro e a carreira ficaram em primeiro lugar.

2. Pensando juntos

O compositor Belchior é autor de uma canção intitulada “Como nossos pais”. A letra contrapõe os sonhos da juventude e sua incapacidade de superar os modelos paternos. Eis um trecho da canção:

“Quero lhe contar como eu vivi / Ainda somos os mesmos / E vivemos / Como os nossos pais... / Minha dor é perceber / Que apesar de termos feito tudo, tudo / Tudo o que fizemos / Nós ainda somos / Os mesmos e vivemos / Ainda somos os mesmos e vivemos / Ainda somos os mesmos e vivemos / Como os nossos pais...”

3. Para uma reunião de casais

- Você avalia que o modelo de seus pais foi positivo para você? Por quê?

- Analisando o pai (ou a mãe) que você é, percebe até que ponto você imita as atitudes de seus pais?

- Você procurou de modo consciente imitar ou rejeitar o modelo de seus pais?

- Você acha que está fornecendo aos filhos um modelo positivo para os futuros pais que eles serão?

- Quais são as principais queixas de seus filhos?