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27/06/2021 Luis Miguel Modino - Prensa CELAM Edição 3937 "O diaconato das mulheres só precisa de ser reconhecido, pois já é exercido na Amazônia" A Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) organizou o Fórum Temático Mulheres da Pan-Amazônia.
F/ REPAM
"As mulheres participantes salientaram que 'sonhamos com uma Igreja circular, sinodal, intercultural, comunitária, profética, missionária, em saída, samaritana, aliada e orante que caminha juntamente com todo o seu povo, e com as dificuldades reais e estruturais que nos podem afetar'."

No âmbito do processo de escuta da Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) organizou o Fórum Temático Mulheres da Pan-Amazônia.

O encontro virtual, segundo a REPAM relatou num comunicado de imprensa, contou com a participação de cerca de 80 mulheres, a grande maioria dos 9 países que compõem a região Pan-Amazônica. Junto com as contribuições das mulheres presentes, foram enviadas anteriormente as respostas de 173 mulheres, que responderam a um questionário simples.

Durante o encontro virtual refletiram sobre "a força e importância do rosto feminino da Igreja na nossa região e a necessidade de fazer cada vez mais esforços para provocar mudanças na estrutura da Igreja, porque sem isso, qualquer novo ministério que seja criado irá reproduzir o clericalismo".

As mulheres participantes salientaram que "sonhamos com uma Igreja circular, sinodal, intercultural, comunitária, profética, missionária, em saída, samaritana, aliada e orante que caminha juntamente com todo o seu povo, e com as dificuldades reais e estruturais que nos podem afetar".

Na Amazônia, as mulheres querem uma Igreja com a "mística do nós", retomando as palavras de Evangelii Gaudium. A partir daí, dizem que ratificam um sonho coletivo: "Queremos uma Igreja que seja um discipulado de iguais, uma Igreja sinodal, onde a verticalidade dê lugar à circularidade".

Denunciando realidades presentes na região amazônica, as mulheres insistem que "a invisibilidade das mulheres é um terreno fértil para a violência". Por conseguinte, reivindicam "a necessidade de reconhecimento público dos nossos serviços, que queremos continuar exercendo de e como povo de Deus". Não se trata de dominação, porque, segundo as mulheres participantes no fórum, "não estamos interessadas em qualquer luta de poder, queremos simplesmente que os serviços que realizamos sejam reconhecidos e a possibilidade de tomar a palavra pública, de pregar, e isto por fidelidade ao Evangelho, seja definitivamente aberta".

Na sua opinião, "o diaconato das mulheres só precisa de ser reconhecido, porque já é exercido na Amazônia". Utilizando o mapeamento da REPAM, que mostra que de cada 10 representantes em posições de responsabilidade apenas 3 são mulheres, as participantes insistem que "é urgente reforçar o empoderamento, a liderança e os vários serviços e ministérios que as mulheres exercem neste território".

Além disso, salientam que "a presença do conhecimento e da sensibilidade das mulheres é essencial em todos os espaços de formação de toda a Igreja, incluindo os seminários”. A partir desta afirmação exigem "a presença de mulheres nestes espaços tanto como formadoras e formandas, como em espaços de acompanhamento espiritual e de tomada de decisões".

Para as mulheres amazônicas, "o conteúdo sobre as mulheres deve ser indesculpavelmente ensinado pelas mulheres e deve estar presente no programa de todas as formações da Igreja". Finalmente, afirmaram que "as mulheres da Pan-Amazônia somos construtoras da Igreja e renovamos o nosso compromisso com ela nesta caminhada em direção à Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe".

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