Formação Juventude
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08/05/2023 Ir. Dione Afonso, SDN Edição 3959 Pastoral da Juventude do Brasil completa 50 anos “Vá, com suas próprias forças e salve seu povo. Sou eu que envio você” (Jz 6, 14)
F/PJ Lajinha
"Contudo, é preciso discernimento, respeito e muito amor para com nossos jovens. Desde a PJ, aos “Jovens com Maria”, Jovens da RCC, Jovens do TLC, PLC, EJC, Jovens Legionários, MEJ, a identidade não importa, o que vale é que cada movimento busque o Senhor, e construa entre eles uma relação de respeito."

 

A 33ª edição da Jornada Mundial da Juventude se aproxima. Neste ano, sua celebração se concentrará em Lisboa e o pontífice propõe o estudo acerca do tema: “Maria levantou-Se e partiu apressadamente” (Lc 1,39). É um momento em que expressões juvenis do mundo todo se reúne para celebrar sua fé e sua alegria por estarem na presença do Ressuscitado e por saberem que “Cristo vive e que Ele é a nossa Esperança, e a mais bela juventude deste mundo! Tudo o que Ele toca se torna jovem, se torna novo, se enche de vida. Ele vive e te quer vivo!” (Exortação Apostólica Pós-Sinodal do Papa Francisco: “Christus Vivit” - ChV, 1).

Outra celebração muito significativa que a Igreja do Brasil celebra em 2023 é o jubileu dos 50 anos da Pastoral da Juventude. A PJ, que nasceu num espírito de forte mudanças, transformação social, desafios e perspectivas de futuro lançou as sementes em todo o Brasil e se ocupou em formar jovens leigos e leigas engajados na luta social e cristãos de consciência crítica e ativa afim de expressarem sua fé com coragem, reconhecendo que Jesus Cristo não é somente aquele que se expressa no altar, mas que caminha conosco e que age entre nós, no meio de nós. A PJ deu aos jovens católicos um Rosto Novo, um rosto sincero que aprendeu a rezar partindo de sua própria realidade assim como o jovem Gedeão que não abaixou a voz diante do anjo do Senhor e o questionou o porquê que seu povo sofria se Deus nunca deixou de caminhar com eles (cf. Jz, 6, 13).

 

Um olhar atento na história para não perder a direção

Uma juventude consciente constrói uma paróquia mais forte e firme na fé que professa. Uma juventude consciente forma uma rede de comunidades mais atenta e próxima dos pobres, dos vulneráveis e das minorias sociais. Uma juventude consciente não se aproxima do erro e do pecado, mas se aproxima do pecador e o evangeliza revelando a cada um a beleza e a presença do Cristo Ressuscitado. Onde há jovem, há vida e há esperança. Somos convidados a olhar sempre para o passado com gratidão, enxergar a história com os óculos da fé e da alegria; ler o presente com coragem, admirar as oportunidades, a potência e a força jovem que carregamos dentro de si; e a sonhar o futuro com esperança, ser jovens com raízes e de sonhos, pois “o jovem que não sonha mais já é um adulto morto”.

“Queridos jovens, não aceitem que usem sua juventude para fomentar uma vida superficial, que confunde beleza com aparência” (ChV, 183). Tenham raízes firmes no chão! Sejam construtores de vossos sonhos e trabalhem dignamente para que se concretizem. Atualmente, há em nossa Igreja uma infinidade de expressões juvenis. Grupos de Jovens em que, cada qual, com sua espiritualidade, buscam o Senhor. Isso é belo, é bonito e enriquece a pastoral. Contudo, é preciso discernimento, respeito e muito amor para com nossos jovens. Desde a PJ, aos “Jovens com Maria”, Jovens da RCC, Jovens do TLC, PLC, EJC, Jovens Legionários, MEJ, a identidade não importa, o que vale é que cada movimento busque o Senhor, e construa entre eles uma relação de respeito.

 

A Juventude não existe!

“A juventude não existe, o que há são jovens com suas vidas concretas e com seus sonhos” (ChV, 71). Atualmente, nossos jovens são frutos de um mundo em crise: enquanto de um lado o progresso faz avançar a inteligência tecnológica, do outro, este mesmo progresso fere nossos jovens expondo-os à manipulação desenfreada e à escravidão; à guerra, violência; mercado exploratório; exploração sexual; tráfico de pessoas; fake news e liberalidade no mundo digital; culto à beleza jovem com corpos sarados e ditos “padrões” aceitáveis; insegurança quanto à sexualidade e tudo isso somado a uma experiência religiosa frágil ou firmada numa aparência sem uma experiência concreta de fé.

O jovem não é um ser descartável. A vida humana, cada homem, mulher, jovem, idoso, criança, não são descartáveis e se nossa experiência de fé não se concretizar numa participação mais ativa na vida de comunidade, numa experiência mais concreta de vida junto do próximo, do outro, rezando a vida do outro, sendo uma mão que ampara o que sofre o que “está deixado, abandonado à beira do caminho machucado”, será muito mais fácil para que a cultura do descarte nos deixe de lado. Louvamos e bendizemos a Deus pelos 50 anos da Pastoral da Juventude do Brasil. Louvamos e bendizemos a Deus pela vida dos nossos jovens. Louvamos e bendizemos a Deus por nossa juventude!

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