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13/02/2020 Pe. Marcos Antônio Alencar Duarte, SDN Edição 3920 Pe. Júlio Maria De Lombaerde: homem piedoso
F/ Adap. Photofunia
"A piedade é este fogo que arde dentro de nós, é uma forma de se colocar à disposição para ouvir a Deus."

 

 

Ao modo das grandes figuras carismáticas do cristianismo, o Servo de Deus Pe. Júlio Maria De Lombaerde tem uma tipologia polissêmica. Não podemos, defini-lo com uma única categoria, por exemplo: sacerdote, religioso, fundador, mestre de espiritualidade, médico, professor, escritor, catequista, construtor... Seria uma pobreza de definição e nos perderíamos nestes adjetivos, diante daquilo que foi e representa o Servo de Deus hoje para todos nós pesquisadores, devotos e admiradores. Quando falamos do Pe. Júlio Maria enaltecemos sua pessoa, a ponto de vemos sempre um homem que toca aos grandes ideais. Hoje, quero falar do Pe. Júlio Maria, um homem simplesmente piedoso.

 

Piedade dom de Deus

A piedade é um fruto do Espírito Santo. É um dos sete dons que pedimos a terceira pessoa da Santíssima Trindade: “Dá-nos Senhor, filial piedade. A doce forma de amar enfim. Para que amemos quem, na verdade, aqui amou-nos até o fim”. Assim lembra o servo de Deus: “O Espírito Santo é, de fato: a luz das inteligências, fazendo compreender a Palavra Divina. O calor dos corações, exercitando-os ao amor de Deus. O fogo das almas, pelo zelo e o apostolado no bem” [Comentário Dogmático, p. 185-186].

A piedade é este fogo que arde dentro de nós, é uma forma de se colocar à disposição para ouvir a Deus.

 

A piedade na vida do Pe. Júlio Maria

O Pe. Júlio Maria foi um homem de uma espiritualidade profunda, enraizada no coração de Deus, sem práticas religiosas balofas. O que ele faz, escreve, fala e ensina aponta para esta realidade. Sua piedade é um movimento de recolher-se. E este “é unir-se a Deus pelo espírito, e concentrar a nossa vida no interior da alma, para que assim concentrada, adquira novas forças, para corresponder aos desígnios de Deus” [Comentário Eucarístico, p. 107].

 

A vida litúrgica – “Viver a liturgia é o ideal do cristianismo. Sendo a liturgia a irradiação da fé, da moral e da piedade para com Deus, devemos adotar esta fé, esta moral e esta piedade, para possuir com a Igreja um mesmo espirito, onde o axioma conhecido ‘sentir com a Igreja’ e ainda: a lei de orar estabelece o crer. Liturgia e vida litúrgica são como corpo e a alma” [Comentário Litúrgico, p. 15].

A vida litúrgica do Pe. Júlio Maria foi um movimento constante de estar em Deus e viver com ele para sempre. O zelo e o cuidado pela vida litúrgica era uma de suas marcas.

 

A vida eucarística do Pe. Júlio Maria consistia em viver uma “transubstanciação” constante. Estar unido ao Cristo eucarístico para ser Cristo no mundo. “[...] Pela Comunhão a carne de Cristo une-se a nossa carne, e o seu sangue entra em nosso sangue. A sua substância confunde-se com a nossa substância, tais dois pedaços de cera que se fundem num pedaço único. Estas palavras exprimem uma realidade, porém uma realidade muito mais elevada do que se pensa comumente. A mistura, a fusão, opera-se realmente, porém não é na recepção, mas sim na assimilação do corpo de Jesus Cristo” [Comentário Eucarístico, p. 234].

 

A devoção a Nossa Senhora era um meio para adquirir as virtudes de Maria, ser como a Virgem Mãe em tudo. Na piedade mariana do Pe. Júlio Maria encontramos sua marianidade missionária. “Seja, pois, Maria o caminho que nos conduz a Jesus. Tomemos este caminho imaculado, sem demora e sem escolhas. Sigamo-lo até ao fim, e a perseverança será a coroação dos nossos esforços e aquele que tiver perseverado será coroado, pois a Santíssima Virgem será para ele um penhor de salvação e lhe abrirá as portas dos céus” [Por que Amo Maria, p. 446]. Com sua devoção mariana encontramos um homem todo aberto a vontade de Deus, vivendo o despojamento e a disponibilidade para o serviço junto aos mais necessitados.

A piedade do Pe. Júlio Maria se dava neste movimento amar a Deus e servir os destinatários do Evangelho. Em tudo que ele falava e fazia exalava Deus.

 

 

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