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29/04/2022 Aureliano de Moura Lima Edição 3946 Por uma paróquia leve e missionária
Facebook Paróquia N. Sra Conceição - Pajuçara
"Nosso desejo é despertar em nossas lideranças e comunidades o espírito de missão que recebemos em nosso batismo. A missão é de Deus. Ele é quem nos chama, consagra e envia. "
Com o tema: 30 anos de história: por uma Paróquia leve e missionária; e com o lema: “A minha alma engrandece o Senhor” (Lc 1,46), celebramos com entusiasmo o aniversário de nossa Paróquia. Queremos render muitas graças a Deus pelo dom que nossa Paróquia tem sido para tantas pessoas, famílias e comunidades.
No início, uma paróquia enorme, abrangendo boa parte do município de Maracanaú e parte também de Pacatuba. Desde Pajuçara até Mucunã, passando por Acaracuzinho e Jereissati. Em 2012, Dom José Antônio instituiu a Paróquia de São Francisco das Chagas, Jereissati II. Em 2013, São João Paulo II, Acaracuzinho. De modo que, a partir de 2014, nossa Paróquia se circunscreveu a Pajuçara, mesmo assim com muita gente, cerca de 53 mil habitantes. Atualmente animada por 14 comunidades eclesiais.
Ao iniciarmos nosso trabalho sacramentino aqui, em 1992, com os missionários Pe. José Herval, Pe. Geraldo Mayrink e Pe. Carlos Altoé, tendo a paróquia sido instituída e entregue aos cuidados da nossa Congregação, Missionários Sacrameentinos, por Dom Aloísio Lorscheider, havia já a intenção de se trabalhar a formação de comunidades eclesiais missionárias.
Pe. Herval, então pároco da iniciante paróquia, começou os trabalhos com o lema que sempre o acompanhou: “paróquia leve e missionária”. Para melhor compreensão e assimilação da nossa história, vamos retomar o registro feito pelo Pe. José Herval nas primeiras páginas do livro de Tombo da Paróquia:
“Como nós três missionários sacramentinos já tínhamos chegado a Maracanaú desde 26 de janeiro de 1992 e já tínhamos um razoável conhecimento de toda Maracanaú, particularmente da região que forma hoje a paróquia de Pajuçara tão logo foi criada a paróquia e tomamos posse de nossos cargos, partimos para o trabalho, dentro de nosso propósito, a saber: um trabalho em comunhão com a Arquidiocese.
Nossos primeiros passos foram reuniões com as lideranças refletindo a ‘Carta sobre a Ação Pastoral na Arquidiocese de Fortaleza’. Trata-se de um importante documento publicado em 1989.
Para a maioria da liderança, esse documento apareceu como uma novidade. Foi uma ‘Boa Nova’ que apareceu, e que começou a empolgar tanta gente sedenta de uma orientação firme e segura.
Baseados nessa ‘Carta’ e levando em conta a caminhada feita anteriormente, sobretudo a euforia por causa das ‘Santas Missões’ pregadas pelos Redentoristas, traçamos um pequeno plano para os inícios de nossas atividades. Fizemos isso, repetimos, porque já acompanhávamos este bom e acolhedor povo desde janeiro deste ano. Portanto, já era tempo de mostrarmos para o povo, particularmente para a liderança, um rumo a seguir. Nosso povo aqui tem muita iniciativa. Mas, o que é normal, confia nos seus pastores. Por isso nós sacerdotes e missionários não podemos deixar este povo migrante, confuso, decepcionado. Foi por isso que escrevemos o que tencionamos propor nas reuniões. E, de fato começamos logo a fazer reuniões em cima dessa ‘Banta’, o que animou muitos líderes. Deo gratias!
Como nossa intenção principal é firmar uma ‘paróquia leve e missionária’, e como tencionamos valorizar ao máximo as comunidades e seus ‘conselhos pastorais comunitários’, elaboramos a seguinte cartilha (...)” (a seguir, o livro de Tombo traz registrada a cartilha).
Missão: Nosso desejo é despertar em nossas lideranças e comunidades o espírito de missão que recebemos em nosso batismo. A missão é de Deus. Ele é quem nos chama, consagra e envia. Missão não é “devorar quilômetros” como nos recomendava Dom Helder Câmara. Nem tampouco fazer proselitismo. Missão é viver nossa consagração batismal, nosso compromisso com Jesus Cristo e com a Igreja. É ser uma presença confiante, que faça a diferença na vida das pessoas que partilham de nossa convivência. É ainda anunciar com a vida (e a palavra, se for preciso, como ensinava São Francisco) a realidade que transforma e dá sentido ao nosso caminhar.
Leveza: Esse elemento se dá na nossa atitude de perdão, de simplicidade, de humildade, de acolhida, de respeito por cada pessoa na sua condição. A leveza missionária acontece quando sabemos ceder, compreendemos os erros, valorizamos os acertos. A leveza missionária alimenta nossa espiritualidade quando colocamos a acolhida, o amor, a misericórdia antes da lei, da disciplina, do rigor, da exigência. Leveza missionária não é laxismo, não é “deixe fazer”, não é anarquia, não é concessão de privilégios. Leveza missionária é conduzir a história, as situações difíceis, os desencontros, as desavenças com o espírito de Jesus: “O meu jugo é fácil de carregar e o meu fardo é leve” (Mt 11,30).
Quando os primeiros moradores de Pajuçara tiveram a ideia de construir uma capelinha para o povo católico se reunir e celebrar, tiveram a feliz idéia de dedicá-la a Nossa Senhora da Conceição. Essa escolha não somente nos coloca sob a proteção e olhar da Mãe de Jesus e nossa, mas nos convida a que nossa vida, nossas ações, nossas decisões, nossos relacionamentos se inspirem na vida dela.
O lema que escolhemos para nossa festa dos 30 anos quer unir-nos a Nossa Senhora, Maria de Nazaré que louva e agradece ao Senhor por tudo que acontece em sua vida: “A minha alma engrandece o Senhor!” (Lc 1,46). Maria glorifica, engrandece o Senhor por tudo que operou em sua vida. Com nossa Boa Mãe, queremos continuar nossa caminhada inspirados na vida desta mulher que se abriu à ação de Deus e teve coragem de colocar todos seus sonhos e projetos a serviço de Deus. Seus projetos não são mais seus. Seus sonhos se dissiparam diante da proposta e convite que o Senhor lhe fez. Na humildade e confiança ela responde: “Eu sou a serva do Senhor”. De ora em diante seu viver é glorificação de Deus e serviço à humanidade.
Oremos: Boa Mãe, Nossa Senhora da Conceição, pedimos tua intercessão: inspira nossas ações, fortalece nossa esperança, confirma nosso desejo de sermos bons cristãos/ãs, missionários/as zelosos. Ajuda-nos a ser mais fraternos, mais unidos e comprometidos com os pequenos, doentes e sofredores. Tira todo egoísmo do nosso coração e faze com que sejamos imagens vivas de Jesus, teu Filho amado e nosso irmão. Amém.
Pe. Aureliano de Moura Lima, SDN
Pajuçara/Maracanaú, 27 de abril de 2022
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