Dona Zenilda, viúva, 82, três filhas casadas. Depois de uma vida ativa, toda dedicada à família, veio a idade e o mal de Alzheimer. Uma filha mora em Portugal, casada, trabalha em uma agência de viagens. Maria, a segunda filha, gerente de RH em uma multinacional, mora em Porto Alegre. Sônia, a terceira filha, professora primária em Belo Horizonte, é quem cuida da velha mãe.
Sônia “pula miudinho” para dar conta do trabalho e do cuidado com Dona Zenilda. As outras filhas alegam que não têm tempo para visitar a mãe. Até ajudam financeiramente para pagar uma enfermeira durante o dia, mas é só.
Com frequência, Dona Zenilda pergunta pelas outras filhas. Sempre amorosa com ela, Sônia procura dar atenção, conversa, reza com a mãe, mas se sente sobrecarregada e tem muita mágoa das irmãs.
A Sagrada Escritura tem belas páginas sobre o cuidado com os pais. Por exemplo, o livro do Eclesiástico (ou Sirácida) assim ensina:
“Quem respeita sua mãe é como alguém que ajunta tesouros. Quem honra seu pai terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da mãe. Quem teme o Senhor honra seus pais e como a senhores servirá aos que o geraram. Com obras e palavras, honra teu pai, para que dele venha sobre ti a bênção. [...] Filho, ampara a velhice de teu pai e não lhe causes desgosto enquanto vive. Mesmo que esteja perdendo a lucidez, sê tolerante com ele e não o humilhes em nenhum dos dias de sua vida.” (Si 3,5-10.14-15)
- Como você gostaria de ser cuidado ao chegar a uma idade avançada? Prefere ficar em família ou ir para uma casa de idosos?
- Em sua família, existem idosos que necessitam de sua presença e de cuidados?
- Os irmãos participam desses cuidados? De que forma?
- Como você vê a oportunidade de cuidar de um pai (ou mãe) idoso? Seria um fardo ou um privilégio?