Roteiros Pastorais Homilética
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09/06/2020 Dom Emanuel Messias de Oliveira Edição 3924 Solenidade de São Pedro e São Paulo Apóstolos - 28/6/2020 “Tu és o Messias, o Filho de Deus.” (Mt 16,16)
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"As portas do inferno nunca prevalecerão contra ela..."

Solenidade de São Pedro e São Paulo Apóstolos - 28/6/2020

“Tu és o Messias, o Filho de Deus.” (Mt 16,16)

Leituras: At 12,1-11; Sl 33[34]; 2Tm 4,6-8.17-18; Mt 16,13-19

 

  1. Pedro libertado. Herodes Agripa I, governador da Judéia e Samaria (anos 41-44 d.C), desencadeou uma perseguição à Igreja. Mandou matar à espada Tiago, irmão de João e, vendo que isto agradava aos judeus, prendeu o apóstolo Pedro. Quando passasse a Páscoa, Herodes tencionava apresentá-lo diante do povo durante a noite. A Igreja rezava constantemente na intenção de Pedro. Acontece a intervenção de Deus. A presença do anjo enche a cela de luz. O anjo toca em Pedro, desperta-o e as cadeias se desamarram. O anjo o manda aprontar-se e segui-lo. Pedro foi executando as ordens pensando que fosse uma visão, uma imaginação. Os portões foram-se abrindo diante deles. Na rua, o anjo desapareceu. Só aí Pedro toma consciência de que fora libertado por Deus das mãos de Herodes e da expectativa do povo. Deus continua sendo o libertador do povo. O mesmo Deus libertador está sempre presente. Na Páscoa da Ressurreição, Deus devolveu Jesus a seus discípulos. Agora, Deus devolve Pedro à Comunidade.

 

  1. O combate de Paulo. O texto relata o Testamento de Paulo. Ele está preso. Sabe que chegou a sua hora. Jesus a seu tempo disse: "Pai, chegou a hora, Glorifica teu Filho, para que teu Filho te glorifique" (Jo 17,1). A mesma coisa está acontecendo com o grande apóstolo dos gentios. Paulo preparou sua oferta total com sofrimentos, abandono, dor. Ele já se vê pronto para o sacrifício de sua vida. Sua morte é vista como uma viagem, naturalmente, para a casa do Pai: "Chegou o tempo da minha partida". Depois de tantas viagens de evangelização, parte de cabeça erguida para sua última viagem. Agora não será mais uma viagem de trabalho penoso como foram as outras. Agora será a viagem do eterno repouso. Paulo se compara a um soldado de Cristo: "Combati o bom combate". Ele se vê como um atleta que correu num estádio: "Terminei a minha carreira". Ele se vê como aquele a quem Deus confiou a mensagem, que deverá ser proclamada e ouvida por todas as nações: "Guardei a fé". Para o melhor dos atletas o que está reservado? Sem dúvida o troféu da vitória, a coroa da justiça.

 

  1. Quem é Jesus? Este episódio se localiza em Cesareia de Filipe, extremo norte da Palestina. Estamos, portanto na periferia do país. O centro jamais seria capaz de acertar com a resposta à pergunta que Jesus vai fazer. A pergunta é: “Quem é Jesus?” Ela é muito importante e válida para todos os tempos. No fundo, nossa vida depende desta resposta. Uma resposta que deve brotar das atitudes, e não das ideias.

Os discípulos dizem que há 4 tipos de opiniões entre o povo. Todas as respostas ficam na linha dos precursores dos tempos messiânicos. Ninguém, apesar de todos os prodígios, conseguia ver em Jesus o inaugurador dos tempos messiânicos. É Pedro, o porta-voz dos discípulos, quem responde. Ele é visto como o porta-voz dos discípulos e tem uma função de destaque em todo o Segundo Testamento. É Jesus que lhe dá o nome de Pedro para simbolizar seu indispensável papel na fundação e direção da Igreja.

No Evangelho de Mateus, Pedro responde que Jesus é o Messias e o Filho de Deus. No tempo de Jesus, a palavra Messias era mais importante, pois todos estavam esperando o Messias prometido. A expressão Filho de Deus para o povo tinha uma aplicação mais ampla. Para a comunidade, onde surgiu o Evangelho de Mateus, o título Filho de Deus, professado por Pedro, já tinha alcançado seu verdadeiro sentido, ou seja, Jesus tem uma relação filial única com Deus. Ele partilha com o Pai e o Espírito Santo a divindade. Ele é a 2ª Pessoa da Santíssima Trindade.

Jesus muda o nome de Pedro. Isto significa que ele lhe atribui uma grande missão. E a missão é estar à frente da Igreja de Jesus (= minha Igreja). Essa missão de chefe da Igreja é hoje dada ao sucessor de Pedro, a quem chamamos de Papa. "As portas do inferno nunca prevalecerão contra ela", quer dizer que as forças malignas, forças que estão contra o projeto de Deus não serão capazes de derrubar a Igreja.

"Ligar e desligar" é linguagem técnica. Ligar as (cadeias) significa condenar. Desligar significa absolver. A Igreja, na pessoa de Pedro e seus sucessores (Jo 21,15ss), tem autoridade em assuntos doutrinais e morais. O que ela faz na terra, Deus ratifica no céu.

 

Leituras da semana

dia 29: Am 2,6-10.13-16; Sl 49[50],16bc-17.18-19.20-21.22-23; Mt 8,18-22

dia 30: Am 3,1-8; 4,11-12; Sl 5,5-6.7.8; Mt 8,23-27

dia 1º: Am 5,14-15.21-24; Sl 49[50],7.8-9.10-11.12-13.16bc-17; Mt 8,28-34

dia 2: Am 7,10-17; Sl 18[19],8.9.10.11; Mt 9,1-8

dia 3: Ef 2,19-22; Sl 116[117],1-2; Jo 20,24-29

dia 4: Am 9,11-15; Sl 84[85],9.11-12.13-14; Mt 9,14-17

 

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