Estamos no Natal. A presença de Jesus Cristo entre nós é a realização do Mistério
da Encarnação. Anunciado, por longos anos, pelos profetas, o Messias vem fazer
morada entre nós. Nasceu na terra dos humanos, como uma pessoa humana normal,
concebido e gerado no seio da mãe e, nove meses após, foi dado à luz.
Promessa divina cumprida!
Foi uma surpresa, assustadora, admirável, surpreendente para os pobres pastores,
na noite de Natal. Ficaram encantados com a efusiva alegria dos pais, sentiram
uma sensação curiosa, senão misteriosa, envolvente, de paz, de plenitude, de serenidade
completa ao depararem com o menino recém-nascido na estrebaria, aquele
lugarejo de Belém (casa do Pão, terra do rei Davi). Foi muito agradável apreciar a
linda festa dos anjos na abóboda celeste.
O Natal tem uma mística e uma dinâmica no seu desenvolvimento litúrgicocatequético.
Ele remete os corações para a vinda do Filho de Deus, em dois momentos:
no Natal (a 1ª) e no final dos tempos (a 2ª vinda). Embora, São Bernardo nos diz
que a presença de Jesus Cristo se dá em três tempos: na primeira vinda, no Natal
(passado), na segunda, no final dos tempos (futuro) e no momento atual (presente).
Na verdade, Ele está entre nós, em cada ser, em cada espaço, em cada tempo,
nos corações, nas orações, na vida de um e de outro, nos sinais, nas experiências
místicos-espirituais.
Natal é tempo de fortalecer a esperança.
Tempo forte de alimentar as convicções adquiridas. 
Apesar de tudo... prevalece no coração do crente a certeza da vida em plenitude
garantida pela presença de quem nos faz ver e viver a Encarnação:
Jesus Cristo Encarnado, vivendo entre nós.
O tempo do Natal é para toda a Igreja a vivência do mistério de espera e de preparação.
Somente espera quem tem certeza e convicção do futuro melhor!
Feliz Natal porque a esperança já é realidade!

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