Por Cesar Kuzma
O texto “Superação da violência e construção da paz: a paz é fruto da justiça!”, de Cesar Kuzma, é uma profunda reflexão ética, teológica e pastoral sobre os desafios da paz em um mundo marcado por desigualdade, injustiça e indiferença.
O autor parte da saudação do papa Leão XIV — “A paz esteja com todos vocês!” — para afirmar que a paz não é apenas uma saudação simbólica, mas um compromisso ético e evangélico. A continuidade desse ideal com o pontificado de Francisco indica que a paz deve ser um caminho obrigatório para a Igreja e a teologia.
Kuzma destaca o cenário atual de guerras e conflitos: Rússia-Ucrânia, o genocídio em Gaza, e crises no Iêmen, Sudão, Congo e Mianmar. A violência, segundo ele, transcende o campo militar e se manifesta em formas estruturais e cotidianas, como:
Desigualdade social e pobreza
Racismo estrutural
Violência contra mulheres, LGBTQIA+, indígenas e refugiados
Desrespeito aos direitos humanos no Brasil, como o trabalho escravo e a violência policial
Essa realidade revela um “necropoder sistêmico”, onde se decide quem vive ou morre, e reflete uma sociedade cega e indiferente, insensível ao sofrimento alheio.
A causa mais profunda da violência, segundo o autor, é a falta de humanidade. Citando a Evangelii Gaudium do papa Francisco, Kuzma denuncia a “globalização da indiferença”, onde o outro deixa de nos comover. Essa indiferença desumaniza e gera um ciclo de dominação, exclusão e sofrimento. A violência nasce da incapacidade de sentir com o outro, da falta de proximidade, de empatia e de amor.
A paz é definida como um desafio ético, relacional e espiritual, que não se impõe, mas se constrói:
Na harmonia interior e nas relações humanas
No cuidado com a criação e na relação com Deus (Laudato Si’)
Na justiça social, que é condição para uma paz duradoura
O papa Leão XIV a define como uma paz “humilde e perseverante”, frágil, pois depende da abertura humana ao outro e à justiça. A paz não é possível sem respeito, reconciliação, perdão e inclusão dos excluídos.
Inspirado nas Bem-aventuranças e no exemplo de Jesus, o texto aponta que o(a) verdadeiro(a) cristão(ã) não se isola nos ritos, mas vive uma fé comprometida com a transformação da sociedade, especialmente em favor dos pobres. Essa fé:
Integra diferenças religiosas em atitude ecumênica
Denuncia a injustiça e se solidariza com os que sofrem
Promove a paz como expressão do amor e da justiça de Deus
A paz verdadeira será aquela que restaura, reintegra e devolve dignidade às vítimas. É uma paz que escuta o grito dos mártires, dos pobres, dos excluídos e sobreviventes. Esse grito não pode ser silenciado, pois dele brota a esperança de um mundo novo, onde a fé se torna ação libertadora. A paz só será possível quando for, de fato, fruto da justiça. Este clama por uma paz enraizada na justiça, na empatia e no compromisso cristão com os mais vulneráveis. Denuncia as múltiplas formas de violência e aponta a desumanização como sua raiz. Propõe, como caminho, uma espiritualidade encarnada, profética e solidária, que se faz ação concreta pela vida e pela dignidade de todos e todas.
Veja o texto completo em [em português e inglês] em: Catholicethics
Resumo feito com auxilio da IA
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