Por Antônio Carlos Santini
15/03/2025 – Amai os vossos inimigos! (Mt 5,43-48)
Neste Evangelho, nós estamos diante de um exclusivo cristão. Amar os amigos, todo mundo ama. Mesmo os pagãos. É bem fácil este amor: temos a mesma raça, o mesmo sangue, a mesma língua, a mesma religião, o mesmo Livro sagrado, o mesmo altar... Pode-se até rezar o salmo: “Ó como é bom e agradável irmãos unidos vierem juntos!” (Sl 133,1) Mas a ordem para o seguidor de Cristo é exatamente o impensável: superar essas barreiras humanas e amar o inimigo!
Deve ser por isso que Jesus não mandou amar apenas o próximo, como no Antigo Testamento: mandou amar o inimigo! Aliás, os rabinos judeus do tempo de Jesus discutiam interminavelmente sobre a definição de quem seria o tal “próximo” que a Torá mandava amar (cf. Lv 19,18). Seria apenas outro judeu? Ou também o prosélito? Deveria ser incluído o estrangeiro com suas diferenças? E não chegavam a um consenso...
A questão se torna ainda mais aguda quando contemplamos o exemplo Jesus e nos certificamos de que ele vai muito além das palavras. Jesus Cristo pratica o mesmo mandamento que nos deu: na cruz, cravado no madeiro, Jesus não morre sem, antes, rezar ao Pai: “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem...” (Lc 22,34) E já o primeiro mártir da Igreja, o diácono Estêvão, morreria apedrejado e repetindo quase as mesmas palavras de Jesus (cf. At 7,60).
Que motivos têm alimentado o nosso ódio? Quais os seus estopins? Humilhações, zombarias, desprezo? O sucesso dos outros? A corrupção dos governantes? A agressão dos bandidos?
Lembro-me do tempo de serviço na Pastoral Carcerária, na Grande BH, quando uma senhora visitava um jovem preso, aos domingos, levando um bolo, costurando-lhe a roupa e, creio, catando-lhe os piolhos. Era a mãe de sua vítima. E ela dizia: “Ele tem a mesma idade do meu filho morto. Posso fazer por ele o que eu faria por meu filho, se estivesse preso...”
Claro que isto não se impõe. O amor é livre. E mais: o amor liberta! É como ensina Marko Ivan Rupnik: “O amor, na sua essência, é livre adesão. O amor é a comunhão das pessoas, mas de maneira livre, é a unidade vivenciada como livre adesão. Quanto mais o amor é maduro, mais ele está próximo do amor de Deus, e é mais livre de qualquer coerção, de qualquer necessidade. [...] No entanto, o amor tem apenas uma fonte – Deus Pai -, um único comunicador – o Espírito Santo -, e um único realizador absoluto – Jesus Cristo.”
Mais uma vez, estamos perante um “impossível” para os homens. Mais uma vez, não depende de esforço, de boa vontade e superação. Só temos uma saída: acolher a Graça! Abrir o coração ao Espírito Santo. Só ele ensina a amar assim...
Orai sem cessar: “Não me prives do teu Santo Espírito!” (Sl 51,13)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
[Mauro Nascimento] Aqui reside o perigo de um cristianismo que, como adverte o Evangelho, "coa o mosquito e engole o camelo" (Mateus 23, 24). Dogmatiza-se o costume, o acidental, e esquece-se o essencial. A Instrução Geral do Missal Romano (IGMR), o documento que rege a celebração da Missa, não é um manual de regras inflexíveis, mas uma "instrução pastoral e ritual". Seu objetivo é guiar os fiéis a uma participação "consciente, ativa e plena, de corpo e espírito".
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14 julho 2025