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31/10/2022 Luis Miguel Modino Edição 3952 Ir ao encontro dos principais desafios da evangelização Assembleia Sinodal, a Igreja de Manaus toma decisões
F/ CNBB Norte 1
"Uma Assembleia que refletiu sobre temas fundamentais na vivência da fé na Arquidiocese de Manaus, na Amazônia e na Igreja Universal: Missionariedade, Ministerialidade, Formação, Serviço à Vida, Ecologia Integral e Cuidado da Casa Comum, Solidariedade e Autossustentação, Comunicação, que tem ajudado na busca de caminhos e pistas de ação para tornar tudo isso uma realidade."

“Agora é tempo de ser Igreja, caminhar juntos, participar...” A letra dessa música tão presente na liturgia da Igreja no Brasil mostra que agora é tempo da Arquidiocese de Manaus continuar uma caminhada que vem de longe, com muitos momentos em que a comunhão já se fez presente. Uma caminhada enriquecida na Assembleia Sinodal Arquidiocesana, que ninguém pode esquecer começou em março de 2021 e foi recolhendo a vida do povo de Deus que vivencia sua fé na Igreja local de Manaus.

Por amor à Igreja

Uma Assembleia que é motivo de satisfação e gratidão para o Cardeal Leonardo Steiner, grato àqueles que se reuniram de 21 a 23 de outubro de 2022, mas também à comissão que ajudou e trabalhou bastante, “tudo por amor à nossa Igreja”, para fazer realidade todo o processo sinodal vivenciado. Seu Arcebispo é consciente de que “a Arquidiocese de Manaus sempre teve uma vivência missionária, mas era necessário que todas as comunidades intentáramos ter algumas diretrizes ou linhas de ação”.

Segundo Dom Leonardo o realizado na Assembleia Sinodal Arquidiocesana “não se trata de um Plano de Pastoral, que discutiremos na próxima Assembleia de Pastoral Arquidiocesana”, onde espera que “nós consigamos dar continuidade a esse mesmo modo de ser Igreja”. Uma Assembleia que refletiu sobre temas fundamentais na vivência da fé na Arquidiocese de Manaus, na Amazônia e na Igreja Universal: Missionariedade, Ministerialidade, Formação, Serviço à Vida, Ecologia Integral e Cuidado da Casa Comum, Solidariedade e Autossustentação, Comunicação, que tem ajudado na busca de caminhos e pistas de ação para tornar tudo isso uma realidade.

No processo sinodal vivenciado na Arquidiocese de Manaus houve, segundo o Arcebispo, “um espírito que devagar foi perpassando e tem ajudado a nossa Igreja a ser cada vez mais uma presença consoladora, uma Igreja com presença samaritana, uma Igreja que deseja anunciar e ser a presença do Reino de Deus”. Um processo que faz com que a Igreja de Manaus possa dizer que tem “algo que nos ajuda a ver que as comunidades estão precisando disso”.  Mesmo consciente do muito trabalho pela frente, Dom Leonardo ressalta que “também existe muita disposição e muita disponibilidade por parte de todos”. Dando passos lentos, que com o tempo fara com que possa “se levar a efeito o que acabamos de acordar”.

Abertura à escuta e discernimento

Uma Assembleia Sinodal que o Padre Geraldo Bendaham vê como “concretização do pedido do Papa Francisco, que pede que a Igreja faça realmente esse grande exercício de sinodalidade, de escuta”. Segundo o Coordenador de Pastoral Arquidiocesano, “com a participação de todos chegamos a algumas deliberações, que foram iluminadas pelo Espírito Santo. Discernimos e depois tomamos as decisões, que vão ao encontro dos principais desafios da evangelização da Igreja de Manaus”.

Na linha de pensamento do Arcebispo, o Padre Bendaham enfatiza que “são passos que nós estamos dando, nada acontece de uma vez, porque não é uma decisão monocrática, não é uma decisão de uma organização, mas é a Igreja que é Mistério, Corpo de Cristo, Luz que vai marcando com a sua presença no meio da sociedade, sendo Reino de Deus. Passo a passo, pouco a pouco, com a graça de Deus e com a colaboração de tantos membros da Igreja, com o apoio dos bispos, vai se concretizando a sinodalidade na Igreja”. Um exemplo que ele espera “que sirva também para toda a Igreja universal e muitos possam se animar a acreditar que é possível caminhar juntos”.

Um sentimento presente nos participantes da Assembleia, que segundo a Ir. Maria Irene Tondin, esperam “que nós como agentes das pastorais, a Vida Religiosa, sacerdotes, todo o pessoal participante da Assembleia, levamos para nossa reflexão, vivência e partilha nos nossos locais de atuação e trabalho”. Tudo isso, “com muita eficácia, com muito respeito, com muito cuidado, naquilo que juntos e juntas, a gente pode refletir, estudar e levar para a vida o que nós aprendemos, o que nos estudamos, o que nós escutamos, o que nós vivenciamos aqui nesta Assembleia Sinodal”.

Caminhar junto às territorialidades

Uma Assembleia Sinodal que “é uma esperança muito grande de nós vivenciarmos e caminhar junto com o povo em todas as nossas territorialidades de missão aqui em Manaus”, afirmou Maria Rosália Consentine Gaspar. A membro da Comissão organizadora, diz ter “a esperança de que nós vamos a dar um grande passo na questão da evangelização e da missão da Igreja de Manaus junto com todo o povo cristão, reunido num só esperança”.

Uma Igreja que tem uma caminhada, segundo o Padre Wolney Mourão. O Pároco da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora no Alvorada I, afirma que “as Assembleias de Pastoral Arquidiocesanas, já era uma caminhada sinodal, mas hoje nós percebemos que nossa Igreja, ela tem uma visão muito clara de uma Igreja que é enraizada no Evangelho encarnado na realidade amazônica, um Evangelho que nos leva a proteger a vida, a casa comum”. Uma Igreja que olhando para o futuro, “caminhará cada vez mais num processo profético de construção de vida, humanizando e trazendo cada vez mais Jesus próximo a toda a população amazônica com vida digna para todos”, enfatizou o Padre Wolney.

Uma Assembleia que no campo da comunicação, “o principal é que a gente aprenda a caminhar tendo como base o Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil”, segundo Adriana Ribeiro. Como membro das Pastoral da Comunicação Arquidiocesana, ela destaca que “se nós conseguirmos fazer isso, não só a Arquidiocese de Manaus vai fazer um bom trabalho, como isso tem repercussão em todo o Regional Norte1 da CNBB”.

Uma Igreja próxima das questões indígenas, que já deu importantes passos com a Querida Amazônia, segundo o seminarista Michel Carlos da Silva. Ele, que é membro da Pastoral Indigenista Arquidiocesana, vê que “a Assembleia Sinodal da Arquidiocese de Manaus é de fato trazer esses sonhos que estão na Querida Amazônia para a realidade, a encarnação desses sonhos”. O seminarista reconhece que “dentro da pauta indígena nós demos passos importantes dentro da Arquidiocese de Manaus e a perspectiva é cada vez mais dar passos na encarnação dos sonhos do Papa Francisco na Querida Amazônia”.

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