Por Rede sinodal em Portugal
O padre Sérgio Leal, especialista em sinodalidade, enfatiza a necessidade de uma renovação profunda na Igreja, especialmente no ministério ordenado, para que o processo sinodal não se limite a uma mudança superficial. Em entrevista à Rede Sinodal, ele argumenta que sonhar com um novo modo de ser Igreja implica também repensar a identidade dos presbíteros, diáconos, leigos, religiosos e bispos, promovendo uma renovação que responda aos desafios do mundo atual sem perder a essência do Evangelho.
Segundo ele, a Igreja deve se basear na comunhão e na unidade da Santíssima Trindade, reencontrando sua centralidade em Cristo para tornar presente o Evangelho. Para isso, propõe três questões fundamentais na projeção pastoral: o que deve ser mantido como essencial, o que precisa ser deixado por não mais servir ao tempo presente e o que deve ser criado de novo para melhor responder à missão evangelizadora.
O padre Leal destaca que a sinodalidade ocorre dentro de uma Igreja hierárquica e que o ministério ordenado, embora não nasça da sinodalidade, deve ser compreendido à luz dela. O Papa Francisco defende que a sinodalidade é a chave para interpretar o ministério hierárquico, que deve manter sua estrutura apostólica, mas ser vivido em comunhão e serviço, e não de maneira clericalista ou autorreferencial.
Ele adverte contra uma pastoral centrada no clero, onde padres acumulam todas as decisões, e propõe uma nova forma de ministério ordenado, baseado na fraternidade presbiteral e na corresponsabilidade. Isso requer não apenas mudanças na formação inicial dos seminaristas, mas também acompanhamento contínuo dos padres, incluindo aqueles com mais tempo de ministério, garantindo proximidade entre bispos, presbíteros, diáconos e leigos.
Por fim, padre Leal destaca que a evangelização deve seguir o modelo de Jesus: falar às multidões, mas também atender cada pessoa individualmente, evitando tanto uma Igreja reduzida a uma elite iluminada quanto uma Igreja sem fundamento apostólico. A verdadeira renovação eclesial exige mais do que ajustes cosméticos: é preciso um compromisso real com a verdade, gerando uma nova consciência eclesial que integre a diversidade de dons e ministérios na comunhão da Igreja.
O verdadeiro desafio é construir uma Igreja que seja comunhão na diversidade, capaz de gerar uma nova consciência eclesial, indo além de mudanças cosméticas para uma renovação autêntica e profunda.
O vídeo abaixo é o quarto episódio da iniciativa “No coração da esperança”, promovida em parceria com o 7MARGENS, Diário do Minho, Voz Portucalense, Correio do Vouga, Correio de Coimbra, A Guarda, Rede Mundial de Oração do Papa, Folha do Domingo. A primeira parte da entrevista foi publicada no dia 6 de janeiro 2025.
Síntese feita pela redação de O Lutador
Fonte: 7Margens
A ecologia integral e o chamado ao cuidado da Casa Comum pode ser considerado um dos grandes legados de Papa Francisco, um caminho que continua sendo trilhado pelo Papa Leão XIV. Na arquidiocese de Manaus, no coração da maior e mais importante floresta do mundo, a Amazônia, a Assembleia Sinodal Arquidiocesana, no ano 2022, assumiu essa missão como um dos grandes desafios, que está se concretizando de modo transversal em todas as dimensões da missão.
17 setembro 2025Mais de 70 representantes das nove igrejas locais que fazem parte do regional Norte 1 se encontram na Maromba, o Centro de Treinamento de Lideranças da arquidiocese de Manaus, até quinta-feira, 18 de setembro, para refletir sobre a sinodalidade, um modo de ser Igreja que por décadas acompanha a vida da Igreja no regional.
17 setembro 2025Enquanto líderes mundiais hesitam em nomear o horror, especialistas e juristas denunciam: o genocídio palestino não é mais uma hipótese — é uma realidade em curso. A reportagem revela os bastidores jurídicos, políticos e humanitários de um dos crimes mais graves do século, com implicações diretas para o Tribunal Penal Internacional e a consciência global.
17 setembro 2025Sob o pretexto de apoiar o jornalismo, o Google investiu milhões em contratos sigilosos com veículos de imprensa ao redor do mundo. A investigação revela como esses acordos criaram dependência financeira, minaram a transparência e podem estar blindando a empresa contra futuras regulações — inclusive no uso de conteúdo jornalístico para treinar inteligência artificial.
17 setembro 2025