Por Prof. Dr. Elvis Rezende Messias
Estamos vivendo tempos de profunda comoção por causa da Páscoa definitiva do amado Papa Francisco, que voltou à Casa do Pai no dia 21 de abril de 2025. Neste texto, gostaria de fazer uma singela homenagem a esse grande homem através de uma breve memória de algumas de suas contribuições à Doutrina Social da Igreja (DSI).
Em primeiro lugar, cumpre destacar que, com Francisco, temos talvez a inauguração de uma nova fase do desenvolvimento histórico-teológico da DSI. Vejamos (cf. Sorge, 2018; Messias e Cruz, 2020):
Também devemos destacar a riquíssima contribuição do magistério social do Papa Francisco no âmbito da questão ambiental. Com a sua proposta de uma ecologia integral, Francisco foi um incansável anunciador da necessidade de uma conversão integral que, como tal, convoca a uma inevitável conversão ecológica. Francisco foi o primeiro papa a publicar dois documentos da DSI exclusivos sobre a temática ambiental: a Encíclica Laudato si’, de 2015, sobre o cuidado da Casa Comum; e a Exortação Apostólica Laudate Deum, de 2023, sobre a crise climática. Neste ano de 2025, a Campanha da Fraternidade proposta pela Igreja Católica no Brasil nos faz refletir, rezar e mudar de hábitos justamente a partir do Tema “Fraternidade e Ecologia Integral”, à luz do Lema “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31). Vale lembrar que o Papa Francisco também publicou a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Querida Amazônia, de 2020, um importante documento sobre a complexidade e integralidade da ação evangelizadora da Igreja na região panamazônica. A “questão ambiental” sempre esteve presente na DSI, mas nunca teve o destaque tão específico que ganhou no pontificado de Francisco.
Nessa perspectiva, Francisco também se destacou ao fazer profundas e insistentes denúncias de realidades que, em seu magistério social, foram vistas como muito problemáticas e das quais não devemos nos permanecer reféns ou dependentes, a saber:
Em contrapartida, o Papa Francisco também se destacou ao fazer profundos e insistentes anúncios de realidades que, em seu magistério social, foram vistas como fundamentais para uma transformação consistente, justa e verdadeiramente humana e divina de todo o mundo, a saber:
Enfim, poderíamos elencar ainda muitíssimas outras contribuições do magistério social do Papa Francisco, mas não caberiam em um texto como este, que deveria ser o mais objetivo que pudesse. Aliás, ao longo de seu pontificado, muito se refletiu e se publicou sobre isso. Entretanto, a você que leu estas linhas, convido a ampliá-las, fazendo, seja no silêncio do seu coração, seja através de outras expressões comunicativas, também o seu próprio texto, ou seja, a sua reflexão profunda e agradecida sobre as incontáveis graças que a Palavra Eterna de Deus nos concedeu através das palavras e atitudes históricas de Francisco.
Peçamos ao Senhor da Vida que o magistério do primeiro papa latino-americano também se eternize na história da Igreja e que agora, ainda mais, ele seja fecundo em nos inspirar e a levarmos adiante, com coragem, profecia, ternura, esperança e fé, tantos ensinamentos que esse querido pontífice nos legou. Verdadeiramente, Jesus Ressuscitado está no meio de nós e seguirá caminhando conosco todos os dias, até o fim do mundo (cf. Mt 28,20)! Pessoas como o Papa Francisco são um sinal eloquente de que Deus jamais nos abandonará. Obrigado, Deus. Obrigado, Francisco.
Prof. Dr. Elvis Rezende Messias –Cristão leigo da Diocese da Campanha/MG. É casado, trabalha como professor-pesquisador e é autor do livro O evangelho social: manual básico de doutrina social da Igreja (Paulus, 2020), escrito com D. Pedro Cruz, bispo da Campanha.
Fonte: Diocese de Campanha-MG
Em resumo, a Carta nos aponta as linhas mestras do agir cristão na comunidade, que deve ser força de transformação para todos os espaços onde vivemos. Um amor sincero, sem hipocrisia, sem falsidades (Rm 12,9), capaz de incluir a todos: “todos, todos, todos”. Que sejamos capazes de abençoar os que nos perseguem, ser solidários com os que sofrem, viver em harmonia, sem espírito de grandeza, fazendo o bem a todos, “não nos deixando vencer pelo mal, mas vencendo o mal pelo bem” (Rm 12,21)
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