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"A TEOLOGIA DO DOMÍNIO: APOCALIPSE NOS TRÓPICOS" (vídeo)

Por A redação

O vídeo discute a "teologia do domínio" (ou dominionismo), uma corrente teológica-industrial que busca exercer controle político e social através de interpretações bíblicas, especialmente do Gênesis, onde o homem recebe "domínio sobre a terra" Wikipédia+11YouTube+11Instagram+11Wikipédia. A produção aborda como essa teologia tem ganho força no Brasil e influenciado o bolsonarismo.

2. Contexto temporal e produção

O documentário "Apocalipse nos Trópicos", dirigido por Petra Costa, estreou em festivais internacionais em agosto de 2024 (Como Veneza e Telluride) e chegou à Netflix em 14 de julho de 2025 JCYouTube+8Wikipédia+8YouTube+8. O vídeo em análise analisa trechos e argumentos centrais desta obra.

3. Arte e narrativa

Apresenta uma narrativa escatológica: a ascensão das igrejas evangélicas até alcançar poder político massivo no Brasil, especialmente durante o governo Bolsonaro. Utiliza imagens simbólicas (por exemplo, Brasília) e narração em off, enquanto examina a retórica "apocalíptica" do Novo Testamento como instrumento ideológico JC.

4. Personagens e enfoques

  • Silas Malafaia é destacado como figura central e articulador político, retratado quase como o “homem mais poderoso do Brasil”, o que reforça uma narrativa de controle religioso sobre a política Wikipédia+12JC+12boitempoeditorial.com.br+12.

  • O documentário também aborda grupos com ligações internacionais, como o lobby "The Family" durante a ditadura militar no Brasil JC.

5. Debates e críticas destacadas

O vídeo discute objeções feitas por intelectuais e críticos, como:

  • A redução exagerada do fenômeno religioso à figura de Malafaia e à massa evangélica sem abordar as diversidades internas boitempoeditorial.com.br.

  • A falta de análise mais profunda do catolicismo conservador, que também participa do que alguns chamam de “teologia do domínio”, incluindo grupos integralistas e ultraconservadores Wikipédia+15boitempoeditorial.com.br+15Facebook+15.

  • O risco de estereotipar evangélicos como uniformes e manipuláveis, ignorando iniciativas comunitárias e lideranças diversas, como mulheres negras no meio evangélico .

  • Uma narrativa que mistura religiosidade com conspiração política, apelando à emoção e ao medo de um “fim dos tempos” político .

6. Mensagens-chaves

  • A instrumentalização da fé como projeto de poder representa um risco à democracia brasileira.

  • Tal narrativa pode reforçar uma “cristofobia” (sentimento de perseguição contra cristãos evangélicos), alimentando exclusão ao invés de promover diálogo plural JC.

7. Conclusão

O vídeo conclui que "Apocalipse nos Trópicos" cumpre uma função importante ao alertar para a influência política das igrejas evangélicas e conservadoras no Brasil. No entanto, é apontado como incompleto: simplifica os fenômenos religiosos, reforça dicotomias (evangélicos vs. católicos), foca excessivamente em poucos atores e abre espaço para percepções estigmatizantes.

Conexões com o tema

  • “Teologia do domínio”: construída a partir do mandamento bíblico de domínio que legitima busca por poder não apenas espiritual, mas material e institucional YouTube+6boitempoeditorial.com.br+6JC+6.

  • Apocalipse no imaginário político: usados como metáfora potente para dramatizar a entrada do religioso na política nacional.


O papel de Silas Malafaia

O vídeo destaca Silas Malafaia como a figura central da chamada "teologia do domínio" no Brasil, retratando-o como o mentor espiritual de Jair Bolsonaro e operador-chave na articulação político-religiosa YouTubeWikipédia+11UpdateCharts+11JC+11.

  • Em cenas reveladoras, Malafaia aparece dirigindo, explicando que Jesus “girou mesa” no templo — reforçando uma imagem de liderança autocrática e combativa Folha de S.Paulo.

  • Ele assume, sem pudores, que foi o “braço direito espiritual” de Bolsonaro, creditando-se parte da vitória política dele UpdateCharts.

  • A diretora, Petra Costa, expõe esse vínculo usando uma narrativa visual forte — Bolsonaro surge nos bastidores como um executado pela retórica e estratégia de Malafaia, sublinhando o pastor como arquiteto do discurso político evangélico conservador YouTube+15UpdateCharts+15Intercept Brasil+15.

1. Lobbies ultraconservadores e influência internacional

  • O documentário aponta que a "teologia do domínio" no Brasil está enraizada no influente lobby dos EUA. Grupos como “The Family” teriam evangelizado congressistas durante a ditadura militar, colocando as sementes do dominionismo no país Brasil de Fato+1pt.christianitytoday.com+1.

  • Esses laços transnacionais revisitam a história do conservadorismo religioso no Brasil desde a ditadura, traçando paralelos com o conservadorismo evangélico americano contemporâneo .

2. Críticas de teólogos como Leonardo Boff

  • De acordo com o teólogo Leonardo Boff, a interpretação dominionista de Gênesis 1:28 — “dominar a terra” — é uma leitura deturpada da Bíblia. Ele argumenta que os termos em hebraico enfatizam liderança responsável, e não subjugação ou domínio totalitário Wikipédia.

  • Ainda segundo Boff, a teologia do domínio apropria-se politicamente dessa leitura unilateral para legitimar projetos de poder autoritário e excludente Facebook+5Wikipédia+5pt.christianitytoday.com+5.

  • Essa crítica aponta para um uso ideológico das Escrituras, distanciado do entendimento religioso tradicional e inclusivo.

Conclusão e avaliação crítica

Pontos fortes Limitações apontadas
Exposição clara da influência política de Malafaia e da “teologia do domínio” Foca majoritariamente em poucos atores — omite diversidade interna evangélica e o conservadorismo católico Gazeta do Povo+4pt.christianitytoday.com+4UpdateCharts+4
Ligação explícita com lobbies internacionais, revelando raízes históricas do dominionismo no Brasil Estrutura narrativa "apocalíptica" pode naturalizar o medo, reforçando estereótipos religiosos
Críticas teológicas sólidas como as de Boff alertam para o risco de interpretação distorcida da Bíblia Perde nuances, simplificando o fenômeno evangélico como projeção de uma única ideologia

Resumo feito com ajuda do Chat GPT

 

 

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