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Cesar Kuzma defende autonomia dos leigos e urgência da formação no espírito do Vaticano II

Por Leonardo Moura CNLB

Durante o 8º Encontro Nacional do Laicato, em Aparecida (SP), o teólogo leigo Cesar Kuzma fez uma intervenção marcada pelo reconhecimento histórico dos 50 anos do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) e pela defesa da autonomia e formação dos cristãos leigos e leigas como sujeitos eclesiais. “O CNLB nasce no processo do Vaticano II e carrega essa herança de protagonismo do laicato que precisa ser permanentemente resgatada”, afirmou.

Professor e pesquisador do Programa de Pós-graduação em Teologia da PUCPR, Kuzma ressaltou que o estudo da Palavra e dos documentos da Igreja é uma tarefa urgente. Ele destacou especialmente o Concílio Vaticano II, o Documento de Aparecida, os textos da Igreja da América Latina e do Caribe, além do Documento 105 da CNBB e dos próprios materiais produzidos pelo CNLB. “Esses textos afirmam que não somos cristãos de segunda ordem, nem estamos submetidos a outras vocações. Temos um jeito próprio de ser Igreja, com base em nossa vocação batismal”, declarou.

Em sua fala, também valorizou o papel das Comunidades Eclesiais de Base, pastorais sociais e movimentos que integram o organismo, defendendo a sinodalidade como caminho: “É preciso identificar onde ela já acontece e permitir que cresça dentro da própria estrutura da Igreja”.

Kuzma apontou os obstáculos enfrentados pelos leigos e leigas no cotidiano eclesial. “Não é fácil ser leigo. As portas se fecham. Tudo é mais difícil para nós”, afirmou, alertando para os riscos do clericalismo: “Se o leigo é clericalizado, é porque a estrutura ainda é clericalista. Precisamos romper com isso e construir uma verdadeira autonomia do laicato”.

Entre os desafios contemporâneos, o teólogo citou o avanço do fundamentalismo religioso e os impactos da cultura digital, propondo um investimento mais consistente em processos formativos que respeitem as especificidades de cada realidade. “O Documento 105 da CNBB oferece caminhos interessantes. É preciso dar condições para que os leigos se formem e se reconheçam como sujeitos eclesiais plenos”, concluiu.

 Fonte: CNLB

 

 

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