Por IHU
Dois fenômenos aparentemente opostos ganharam as redes sociais brasileiras recentemente:
A denúncia do influenciador Felca sobre a adultização infantil — crianças expostas a estéticas e comportamentos adultos —, que viralizou desde 6 de agosto com mais de 40 milhões de visualizações em oito dias;
A viralização de adultos usando chupeta como alívio do estresse ou com tom humorístico.
O texto é de Marcus Tulius — mestre em Comunicação e coordenador de comunicação da Cáritas América Latina e Caribe, com atuação anterior na Pascom Brasil e no Grupo de Reflexão sobre Comunicação da CNBB. Acesse o texto completo aqui: IHU Unisinos.
Neste meste contexto, encontramos outra reflexão que aponta para a adultização das infâncias: quando o consumo rouba a inocência
O alerta que partiu das redes sociais expôs como a cultura de consumo erotiza corpos infantis, reforça scripts de gênero e transforma crianças em mercadoria estética, revelando a urgência de proteção social e digital. Ao levar o tema ao grande público, mostrou que não se trata apenas de uma preocupação isolada, mas de um sintoma de uma cultura de consumo que erotiza corpos infantis e transforma crianças em mercadoria estética.
O corpo, nesse contexto, não é apenas um corpo: ele carrega significados sociais e culturais inscritos por meio da roupa, dos adereços, dos gestos e das narrativas que o envolvem. Nesse cenário, surgem os “scripts de gênero”, concebidos pela professora Jane Felipe, que impõem condutas e atributos esperados de homens e mulheres. Romper esses scripts pode gerar sanções e discriminações, reforçando padrões hegemônicos que naturalizam a erotização dos corpos, especialmente femininos.
A erotização precoce – impulsionada por ensaios fotográficos sensuais, campanhas publicitárias ou a infantilização deliberada de mulheres – banaliza o assédio e dilui a gravidade da pedofilia, tornando o corpo infantil um dispositivo estético e comercial. O ambiente digital impulsiona essa lógica, expondo corpos sensíveis e conectando, de forma silenciosa, comunidades criminosas que atentam contra a segurança física e virtual das crianças.
A visibilidade alcançada por Felca não é apenas resultado de um conteúdo bem articulado: trata-se de um convite urgente para que sociedade, governo e plataformas digitais assumam seus papéis na proteção da infância. A erotização infantil não é um desvio isolado, mas o sintoma visível de uma cultura que naturaliza roteiros de gênero nocivos e transforma corpos jovens em mercadorias. O alerta foi dado. A verdadeira questão agora é saber quem vai ouvir e, mais importante, quem vai agir...
O artigo é de Anderson Barcelos Martins, Doutorando e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGEDU/Ufrgs), em artigo publicado por Brasil de Fato, 13-08-2025. Também por IHU
A entrada definitiva no Reino de Deus acontece quando feita no processo de conversão, de renúncia, de compromisso e de esforço pessoal para colocar em prática os ensinamentos do Evangelho. Ser cristão, ser de Cristo, não é tão fácil, mas possível, porque a salvação está aberta para todos e sem exclusão. Deus não exclui, mas espera a escolha e discernimento de cada pessoa humana.
23 agosto 2025A vida dos santos é uma repetição desse mesmo itinerário. Um soldado como Inácio de Loyola, um “playboy” como Charles de Foucauld, uma intelectual como Edith Stein, todos eles andaram à procura de alguma coisa. Algo “de valor”. Algo que justificasse o fato de existir. Quando caem por terra os nossos ídolos – poder / prazer / saber – resta apenas uma presença definitiva: Deus.
23 agosto 2025“Eis a escrava do Senhor... Faça-se em mim...” O “fiat” da versão latina traduz um verbo grego no modo optativo [genoito], para expressar não só uma atitude passiva diante da iniciativa do Espírito Santo, mas o desejo de colaborar com ele, comprometendo toda a sua pessoa.
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22 agosto 2025