Por Antônio Carlos Santini
“Ergo os olhos para os montes: de onde virá meu socorro?” (Sl 121,1)
Juntamente com a imagem do céu e das nuvens, a montanha orienta o olhar do homem para Deus, o “Pai nos céus”. Na Escritura Sagrada, o monte é lugar privilegiado de encontro com a divindade. O Templo de Jerusalém situava-se nas elevações do monte Sião; os salmos “graduais” ou “cânticos das subidas” – salmos 120 a 134 - eram entoados pelos peregrinos na subida da montanha.
A figura da montanha não se esgota em sua altitude física, mas seu simbolismo se projeta a um plano espiritual, acentuando a transcendência de Deus, que não se mistura às realidades da matéria e da existência terrena. Jesus diz a Nicodemos: “Não te admires de eu te haver dito: deveis nascer do alto”. (Jo 3,7)
É notável a presença da montanha em episódios decisivos da história bíblica: o sacrifício de Isaac no monte Moriá (Gn 22), a aliança com Moisés (Ex 19 – 20), o sermão da montanha (Mt 5), a transfiguração de Jesus no monte Tabor (Mt 17), sua angústia no monte das Oliveiras (Lc 22), sua crucifixão no monte Calvário (Lc 23,33) e sua ascensão aos céus (Mt 28,16).
Do alto de um monte é possível uma visão mais ampla e real da terra dos homens. Das alturas do monte Nebo, Yahweh permitiu a Moisés uma visão panorâmica da terra prometida, na qual este não chegaria a entrar (cf. Dt 34,1-4); foi também de uma grande elevação que o diabo mostrou a Jesus todos os reinos, que lhe oferecia como isca (cf. Mt 4,8).
O homem religioso eleva seus olhos da terra rasa e espera do alto a proteção e as dádivas de Deus. Em sua visão, Isaías antevê o reino definitivo do Senhor: “Dias virão em que o monte da casa de Yahweh será estabelecido no mais alto das montanhas”. (Is 2,1-2) E o profeta convida: “Vinde, subamos ao monte de Yahweh, à casa do Deus de Jacó, para que ele nos instrua a respeito de seus caminhos”. (Is 2,3)
No Apocalipse, João vê reunidos no monte Sião todos os eleitos marcados com o sinal do Cordeiro em sua fronte (Ap 14,1). A Carta aos Hebreus antecipa a mesma visão: “Vós vos aproximastes do monte Sião e da Cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e de milhões de anjos reunidos em festa [...] e de Jesus, mediador de uma nova aliança”. (Hb 12,22.24)
Alguns textos bíblicos: Ex 3,12; 1Rs 19,8; Sl 2,6; Sl 33,13-15; Mc 3,12; Jo 6,15; Ap 21,10ss.
“Se não partilhamos o pão, se não acolhemos quem sofre, se não denunciamos as injustiças, perdemos o sentido do seguimento de Jesus [...] “Somos chamados a ser memória viva do Evangelho, com gestos concretos que anunciem o Reino de Deus.".
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