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15/11/2022 Luis Miguel Modino Edição 3953 Dom Leonardo: “O Reino de Deus se visibiliza quando os nossos povos originários começam a ser respeitados”
F/ REPAM-Brasil
"O Reino de Deus só acontece com relações novas, o Reino de Deus acontece quando nós nos abrimos realmente como irmãos e irmãs, nas diferenças, quando nos respeitamos profundamente, quando como nos diz o Papa Francisco em Querida Amazônia, quando nós sonhamos juntos os sonhos, temos um sonho só, de novas relações."

No Evangelho Jesus é perguntado pelo Reino de Deus, “o Reino de Deus que sonhamos, o Reino de Deus que nos atingiu, o Reino de Deus que se tornou nosso horizonte,  o Reino de Deus que se fez nossa esperança, o Reino de Deus que se fez nosso viver, o Reino de Deus que é a razão de estarmos aqui, de juntos tentarmos sempre de novo, a través de todos os meios, tornar visível o Reino de Deus”, afirmou o Cardeal Leonardo Steiner no Comitê Ampliado da Rede Eclesial Pan-Amazônica que está sendo realizado em Manaus os dias 10 e 11 de novembro de 2022.

Dom Leonardo ressaltou as palavras de Jesus no Evangelho, onde diz que “o Reino de Deus não vira ostensivamente, não virá com força, com violência”, denunciando o momento tão difícil que o Brasil está vivendo de tanta violência. O Arcebispo de Manaus afirmou que “o Reino de Deus tem uma suavidade enorme, não que seja frágil, ele tem um vigor próprio, o vigor da semente”. O cardeal insistiu em que “a vida que está por implodir, a vida que está por nascer, ela nunca nasce na ostensividade, nasce lenta, suave, cotidianamente, sempre, todo dia”.

O Arcebispo insistiu em que “esse Reino de Deus que nós sonhamos, esse Reino de Deus que nos motiva, esse Reino de Deus que veio na suavidade da Cruz e na força da Ressurreição, que nos motiva e nos faz buscar todos os meios para que se torne visível”. Ele lembrou que “a REPAM, a CEAMA, as nossas comunidades, as nossas igrejas, o nosso estilo de vida, mas especialmente aquilo que diz Jesus das nossas relações, o Reino de Deus se torna visível através das relações”.

O Cardeal da Amazônia ressaltou que “o Reino de Deus só acontece com relações novas, o Reino de Deus acontece quando nós nos abrimos realmente como irmãos e irmãs, nas diferenças, quando nos respeitamos profundamente, quando como nos diz o Papa Francisco em Querida Amazônia, quando nós sonhamos juntos os sonhos, temos um sonho só, de novas relações”. Dom Leonardo fez um chamado a que “a REPAM, a CEAMA, nos ajude a criar relações novas, jamais ter medo, jamais dar um passo atrás quando se trata de visibilizar o Reino de Deus”.

O Reino de Deus se visibiliza, afirmou o Cardeal, “quando existe esta harmonia, quando os nossos povos originários começam a ser respeitados, na sua cultura, no seu modo de ser, na sua cosmovisão”, questionando “como nós como Igreja nos colocamos a serviço, que povos nos escutamos, quando escutamos e percebemos que as relações do Reino já estão presentes”, e chamando a “ser testemunhas de Jesus, testemunhas do Reino”.

Dom Leonardo disse que “se desejamos um rosto amazônico, e o rosto amazônico ele é tão diverso, mas ele vai colorindo, vai dando um rosto único nas suas diferenças, suas diversidades, o mundo urbano, sua vida cultural, sua vida social, sobre o ambiente, vai dando devagarinho um rosto, tantos rosto, mas que só se torna um rosto verdadeiro quando é visibilizado pelo Reino de Deus, que não é nosso, que nós ganhamos, que nós recebemos, e que recebemos gratuitamente, do alto da Cruz pela Ressurreição”.

O Vice-presidente da CEAMA se referiu ao rito amazônico, uma das propostas do Sínodo para a Amazônia, “que está fazendo a sua caminhada, nas discussões, reflexões, mas há necessidade de irmos junto aos povos originários buscarmos as expressões deles de religiosidade”, algo que está sendo feito em diversas regiões da Amazônia, no Brasil e em outros países, onde “nós sabemos que existe uma riqueza de religiosidade dos nossos povos”, destacou.

Um trabalho que será realizado por dois pesquisadores que irão recolhendo diversas experiências muito interessantes que existem, relatando a vivida pelo Cardeal com o povo Xavante no tempo que ele foi Bispo da Prelazia de São Felix do Araguaia, com um rito próprio de iniciação à vida cristã e de celebração da Eucaristia, na própria língua, fazendo realidade aquilo que o Papa Francisco fala em Querida Amazônia, o Evangelho que se incultura, e não são eles que têm que se adaptar à nossa cultura.

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