Por Leonardo Moura CNLB
“Precisamos reencantar a política com espiritualidade e respeito”, afirma deputada Leninha no 8º Encontro Nacional do Laicato
Durante a programação do segundo dia do 8º Encontro Nacional do Laicato, realizado em Aparecida (SP) na sexta-feira (20), a deputada estadual Leninha (PT-MG) apresentou uma análise de conjuntura política marcada pela defesa da democracia, da justiça social e da participação dos cristãos leigos e leigas na vida pública.
Primeira mulher negra a ocupar a vice-presidência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Leninha relembrou sua trajetória nas pastorais sociais, na Cáritas Brasileira e nos movimentos do semiárido. Ela destacou que sua atuação política é resultado de um compromisso de fé e justiça: “Eu estou deputada. Mas sou, antes de tudo, católica, da comunidade, da equipe de liturgia, dizimista. Venho da periferia e fui forjada nos movimentos sociais. Carrego as vozes silenciadas do sertão, das vielas e das favelas.”
A parlamentar chamou atenção para o avanço de discursos de ódio e da polarização afetiva no país, fenômeno que, segundo ela, compromete o diálogo democrático e tem gerado rupturas dentro das próprias comunidades de fé. “Hoje, as pessoas não apenas discordam. Odeiam quem pensa diferente. Essa polarização afetiva atinge nossas famílias, nossas paróquias e nossos grupos de WhatsApp. Precisamos reencantar a política com espiritualidade e respeito.”
Leninha criticou a instrumentalização da fé para justificar retrocessos em políticas públicas e denunciou o crescimento de uma agenda moralista em detrimento de pautas estruturais. “Projetos sobre água, saúde, educação são deixados de lado. O debate político tem sido capturado por disputas morais. Precisamos recolocar a justiça social no centro da política.”
Defensora da participação ativa dos cristãos nos espaços institucionais, Leninha afirmou que é preciso ocupar o Parlamento para enfrentar as desigualdades.
“Omissão dos bons fortalece o poder dos injustos. Não basta denunciar: é preciso disputar os rumos da política. A esperança tem duas filhas: indignação e coragem. E a coragem precisa virar ação.”
A deputada também alertou para o avanço de visões religiosas fundamentalistas no cenário político nacional, que, segundo ela, ameaçam a diversidade e os direitos civis. “A fé, quando instrumentalizada por projetos de poder, deixa de ser sinal de esperança e passa a justificar a exclusão. Isso é um risco real à democracia.”
Ao final da intervenção, Leninha reforçou que ser cristão implica compromisso com o bem comum e com os mais pobres. “A boa política é aquela que promove justiça social e ambiental. Defender a democracia também é uma forma de evangelizar.”
Fonte: CNLB
A parlamentar chamou atenção para o avanço de discursos de ódio e da polarização afetiva no país, fenômeno que, segundo ela, compromete o diálogo democrático e tem gerado rupturas dentro das próprias comunidades de fé.
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