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22/08/2022 CNBB Edição 3950 SÍNODO 2023: A escuta é o remédio para os males do nosso tempo
F/ CNBB
"Eu tenho a intuição de que a sabedoria do Papa é essa: em meio a uma sociedade extremamente polarizada ou mesmo fragmentada, onde cada um quer fazer valer a sua verdade, o Papa nos aponta um único antídoto que é o de nos colocarmos na escuta uns dos outros. Por mais que seja difícil e desafiador esse exercício é o único remédio capaz de curar os males do nosso tempo."

O atual bispo de Camaçari, na Bahia, dom Dirceu de Oliveira Medeiros, membro da Equipe de Animação do Sínodo 2023 no Brasil, somou-se durante a semana, de 8 a 12 de agosto, ao trabalho de realizar a síntese das 251 contribuições enviadas da fase de escuta realizada pelas Igrejas Particulares e grupos da Igreja no Brasil. A ele, especificamente, coube a tarefa de sistematizar o tema da participação.

Um dos aspectos que mais se destacou nos relatórios, segundo dom Dirceu, foi o apreço pelo modo com o qual o Papa Francisco exerce autoridade. “A maneira como ele conduz a Igreja com seu esforço de escutar as massas, em promover a sinodalidade é algo que foi muito destacado como um ponto muito positivo e que pode e deve ser uma referência para a Igreja inteira”, disse dom Dirceu.

Dom Dirceu apontou ainda que as comunidades veem como desafio e ao mesmo tempo como algo muito positivo o fortalecimento dos conselhos nos diversos níveis, sejam eles de natureza administrativa, de natureza pastoral. “O fomento dessas instâncias no exercício da colegialidade também proporciona esse caminhar juntos e essa sinodalidade que é o novo jeito da Igreja caminhar no terceiro milênio, como aponta o Papa Francisco”, afirmou.

O bispo também salientou que nas contribuições enviadas ouviu-se muito falar em clericalismo. Segundo dom Dirceu os relatórios apontam que não trata-se de um desvirtuamento próprio dos clérigos.

“O clericalismo é uma possibilidade, uma tentação na vida de leigos e leigas que as vezes se fecham em grupos, que as vezes querem o poder para si, autoridade ou então em algumas hipóteses eles legitimam o autoritarismo de alguns padres, bispos, ministros ordenados e aí entra a necessidade de uma verdadeira e sincera conversão”, explicou

Por fim, dom Dirceu afirmou que ter participado da equipe de elaboração da síntese foi uma honra. “Me senti muito honrado, privilegiado de ter participado desse momento que é um momento fecundo. Eu dizia para o grupo que nós estamos participando da história eclesial. É um momento fecundo que foi suscitado pelo espírito que está sendo conduzido pelo Papa, pelos bispos, pela Igreja inteira para que nós nos coloquemos na escuta”, disse.

“Eu tenho a intuição de que a sabedoria do Papa é essa: em meio a uma sociedade extremamente polarizada ou mesmo fragmentada, onde cada um quer fazer valer a sua verdade, o Papa nos aponta um único antídoto que é o de nos colocarmos na escuta uns dos outros. Por mais que seja difícil e desafiador esse exercício é o único remédio capaz de curar os males do nosso tempo”.

Entrevistas sobre o processo de escuta: 
A Equipe de Animação do Sínodo 2023 no Brasil se encontrou na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), de 8 a 12 de agosto, com a tarefa de realizar a síntese das contribuições enviadas da fase de escuta realizada pelas Igrejas Particulares.
A Assessoria de Comunicação da CNBB produziu uma série de entrevistas com os membros da Equipe de Animação do Sínodo 2023 no Brasil que estão sendo publicadas no portal e no canal do youtube da entidade. O documento com a síntese final, de 10 páginas, será apresentado ao episcopado brasileiro na 59ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, como parte do processo indicado pela Secretaria Geral do Sínodo 2023, antes de ser enviado à etapa continental.

Fonte: CNBB

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