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22/09/2022 Prof. Dr. Inácio José do Vale, Edição 3951 Uma em cada cinco mulheres tem transtornos mentais comuns no Brasil
F/ Pixabay
"Cuidar da saúde mental é o amor próprio em primeiro lugar. Se amar é se cuidar e se cuidar é viver com qualidade de vida. Sem saúde mental não existe saúde. Só se vive bem com saúde física, emocional e mental. Felicidade é o bem-estar da saúde mental!"

Uma em cada cinco mulheres apresenta Transtornos Mentais Comuns (TMC) no Brasil, e a taxa de depressão é, em média, mais do que o dobro da verificada entre homens. Os dados, do Instituto Cactus, são de 2021 e foram revelados pelo relatório Alerta Amarelo. Em caso de alta sobrecarga doméstica, a incidência é ainda maior, acometendo uma em cada três mulheres.

No estudo, o Instituto Feliciência ressalta que as ameaças são maiores para a população feminina devido à sobrecarga física e mental de trabalho dentro e fora de casa. A afirmação é respaldada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que confirma que o gênero é exposto a riscos para a saúde mental por causa de processos biológicos e relações sociais.

A população feminina está na linha de frente da educação, formando 80% do quadro de professores da educação básica, e da saúde – um dos setores mais pressionados durante a pandemia de coronavírus. “Elas são a mola propulsora da economia do cuidado não remunerado”, explica o texto.

Levantamento de julho do Conselho Nacional de Secretaria de Saúde aponta para aumento estrondoso de casos de adoecimento mental no país após o início da pandemia de Covid, em 2020: os diagnósticos de depressão cresceram 41% no Brasil entre o período pré-pandêmico e o primeiro trimestre de 2022.

O relatório do Feliciência ainda destaca que o Brasil já era o país com a maior incidência de depressão na América Latina antes da pandemia, além de ocupar o primeiro lugar no ranking mundial de casos de ansiedade. “Existe um sofrimento claro. Precisamos colocar essas informações na mesa e enfrentar, de verdade, os transtornos mentais”, relata a Dra. Carla Furtado, mestre em psicologia e coordenadora do relatório.

Dois anos depois da maior crise global ser declarada em muitas décadas, cientistas se debruçam sobre os efeitos de uma outra escalada de adoecimento: os transtornos mentais. Dados confirmam que a pandemia aumentou em 25% a prevalência de ansiedade e depressão no mundo. O Brasil posiciona-se como o país mais depressivo da América Latina e no topo do ranking global de TAG, o Transtorno de Ansiedade Generalizada.

"O ônus dessa perda de sustentabilidade humana está em todas as esferas. Ninguém - nem pessoas físicas, nem jurídicas - escapa do prejuízo", alerta Dra. Carla Furtado, pesquisadora na Universidade Católica de Brasília e diretora do Instituto Feliciência, responsável pela publicação do white paper Alerta Amarelo: Perspectivas de Prevenção e Enfrentamento ao Adoecimento no Trabalho e Análises sobre o Panorama de Saúde Mental no Brasil - coletânea de visões destinada à reflexão e ao debate nas organizações públicas e privadas durante o Setembro Amarelo.           

O documento revela o panorama brasileiro diante das questões mais incapacitantes para uma sociedade produtiva e traz as perspectivas críticas de personalidades e instituições reconhecidas como autoridades no estudo do comportamento humano. Entre os especialistas que marcam posicionamentos no compilado científico estão Dr. Christian Dunker – psicanalista e professor titular do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, Dra. Maria Livia Tourinho Moretto - coordenadora do Laboratório de Pesquisas 'Psicanálise, Saúde e Instituição' do IPUSP; o Instituto Cactus - organização sem fins lucrativos que atua de forma independente para ampliar a promoção de saúde mental no Brasil,  especialistas do Hospital Israelita Albert Einstein, além de organizações públicas e privadas engajadas no tema.

Cuidar da saúde mental é o amor próprio em primeiro lugar. Se amar é se cuidar e se cuidar é viver com qualidade de vida. Sem saúde mental não existe saúde. Só se vive bem com saúde física, emocional e mental. Felicidade é o bem-estar da saúde mental!      

* Psicanalista Clínico, PhD, especialista em Psicologia Clínica pela Faculdade Dom Alberto-RS. Pós-graduado em Psicologia nas Organizações com Habilitação em Docência no Ensino. Autor do livro Terapia Psicanalítica: Demolindo a Ansiedade, a Depressão e a Posse da Saúde Física e Psicológica

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