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O sucesso do Pix desafia mitos neoliberais e inspira modelos financeiros mais justos

Por a redação

Em um artigo recente publicado por Outras Palavras, o prêmio Nobel de Economia Paul Krugman destaca o sucesso do Pix como um exemplo contundente da eficácia de soluções públicas em contraste com os interesses privados do sistema financeiro tradicional. O economista norte-americano denuncia a resistência do governo dos Estados Unidos — especialmente da ala republicana — à criação de uma moeda digital pública (CBDC), motivada não por preocupações legítimas com privacidade, mas pela ameaça que tal sistema representa aos lucros de bancos e empresas de tecnologia financeira.

Krugman argumenta que, nos EUA, a direita e o setor financeiro atuam juntos para barrar qualquer inovação que possa reduzir sua hegemonia, mesmo quando ela beneficiaria a população. Um exemplo disso foi a recente aprovação de uma lei que proíbe o Federal Reserve de sequer estudar a criação de uma CBDC. Enquanto isso, as chamadas stablecoins — moedas digitais privadas atreladas ao dólar — são incentivadas, apesar de seu histórico de instabilidade e riscos de fraude.

Contrastando com essa paralisia americana, o Brasil implementou com sucesso o Pix, sistema público de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central em 2020. Segundo o FMI, o Pix oferece vantagens notáveis: rapidez (três segundos para completar uma transação), inclusão (93% da população adulta utiliza), e baixíssimo custo (gratuito para pessoas físicas e com tarifas mínimas para empresas). Tais atributos fizeram do Pix uma ferramenta de inclusão financeira e eficiência pública que as criptomoedas privadas jamais conseguiram alcançar.

O sucesso do Pix não apenas evidencia a viabilidade de soluções públicas modernas, como também desmonta o mito neoliberal da “ineficiência do Estado”. Além disso, ameaça diretamente o lucro dos bancos privados, cujas tarifas e burocracias se tornaram obsoletas frente à agilidade e gratuidade do sistema brasileiro.

Krugman conclui que, apesar de países como o Brasil oferecerem modelos funcionais e eficazes de moeda digital pública, os Estados Unidos ainda permanecem reféns de seus lobbies financeiros e da ideologia de que o Estado é sempre ineficaz. Enquanto isso, na prática, o Pix demonstra como o investimento público pode democratizar o acesso ao sistema financeiro e promover justiça econômica.

Para O Lutador, essa reflexão dialoga com os valores da economia solidária e da justiça social, mostrando que é possível construir alternativas concretas que priorizem o bem comum sobre os lucros de poucos.

Leia o texto da matéria em IHU

 

 

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