Por Religión Digital
"Entramos num lugar de devastação, mas também de humanidade maravilhosa. Caminhamos pela poeira das ruínas, prédios desabados e tendas por toda parte", observou, antes de enfatizar que essas tendas "se tornaram lares para aqueles que perderam tudo". "Estávamos com famílias que perderam a conta dos dias de exílio porque não veem horizonte de retorno. As crianças conversavam e brincavam sem pestanejar, acostumadas aos sons dos bombardeios", relatou.
Assim, ele enfatizou que, durante a visita, ambos testemunharam "algo mais profundo que a destruição: a dignidade do espírito humano que se recusa a se extinguir". "Cristo não está ausente em Gaza. Ele está lá, crucificado entre os feridos, sepultado sob os escombros, e ainda assim presente em cada ato de piedade, em cada vela na escuridão, em cada mão estendida aos que sofrem", argumentou Pizzaballa.
"É importante enfatizar e repetir que nossa missão não é para um grupo específico, mas para todos", enfatizou. "A ajuda humanitária não é apenas necessária; é uma questão de vida ou morte. Negá-la não é um atraso, mas uma sentença. Cada hora sem comida, água, remédios e abrigo causa danos profundos", lamentou, referindo-se às severas restrições de Israel à entrada de ajuda humanitária em Gaza.
Nesse sentido, ele expressou seu apoio às agências humanitárias que "arriscam tudo para trazer vida a esse mar de devastação humana" e disse que "é hora de pôr fim a essa insensatez, acabar com a guerra e colocar o bem comum do povo como nossa principal prioridade", de acordo com a transcrição de suas observações fornecida pelo Patriarcado Latino de Jerusalém.
"Rezamos e pedimos pela libertação de todos aqueles privados de liberdade, o retorno dos desaparecidos e reféns, e a cura das famílias que sofrem em todos os lugares", disse Pizzaballa, insistindo que "quando a guerra terminar, haverá um longo caminho pela frente para iniciar o processo de cura e reconciliação entre os povos palestino e israelense".
Desta forma, ele enfatizou que o conflito "causou muitas feridas na vida de muitas pessoas" e, portanto, defendeu "uma reconciliação autêntica, dolorosa e corajosa". "Não para esquecer, mas para perdoar. Não para apagar as feridas, mas para transformá-las em sabedoria. Somente este caminho pode tornar a paz possível, não apenas no plano político, mas também no plano humano", concluiu.
Entramos como servos do corpo sofredor de Cristo, caminhando entre os feridos, os aflitos, os deslocados e os fiéis cuja dignidade permanece intacta apesar de sua agonia.
De sua parte, Teófilo III disse que Gaza "é uma terra marcada por aflição prolongada e perfurada pelos gritos de seu povo". "Entramos como servos do corpo sofredor de Cristo, caminhando entre os feridos, os aflitos, os deslocados e os fiéis cuja dignidade permanece intacta apesar de sua agonia", disse ele.
"Lá, encontramos pessoas esmagadas pelo peso da guerra, que ainda carregavam consigo a imagem de Deus. Entre as paredes destruídas da Igreja da Sagrada Família e os corações feridos de seus fiéis, testemunhamos tanto uma dor profunda quanto uma esperança inabalável", enfatizou.
"A missão da Igreja em tempos de devastação se baseia no ministério da presença, no acompanhamento dos que choram, na defesa da sacralidade da vida e no testemunho da luz que nenhuma escuridão pode extinguir", disse ele, antes de transmitir à comunidade internacional que "o silêncio diante do sofrimento é uma traição à consciência".
A ofensiva contra Gaza, lançada em resposta aos ataques de 7 de outubro de 2023 — que deixaram cerca de 1.200 mortos e quase 250 sequestrados, segundo o governo israelense — deixou até agora mais de 59 mil palestinos mortos, segundo informações das autoridades do enclave palestino, controlado pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), embora se tema que o número seja maior.
Fonte: IHU
Essa desconfiança generalizada impacta diretamente a governabilidade, a participação política e a vitalidade da democracia. A diretora do Ipec, Márcia Cavallari, alerta: “É urgente reconstruir a confiança social. Sem isso, as instituições perdem sua capacidade de representar e servir o povo”.
24 julho 2025"É importante enfatizar e repetir que nossa missão não é para um grupo específico, mas para todos", enfatizou. "A ajuda humanitária não é apenas necessária; é uma questão de vida ou morte. Negá-la não é um atraso, mas uma sentença. Cada hora sem comida, água, remédios e abrigo causa danos profundos", lamentou, referindo-se às severas restrições de Israel à entrada de ajuda humanitária em Gaza.
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