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Um milagre para mudar a mentalidade

Por Rede sinodal em Portugal

Tomás Halik reconhece a complexidade de sintetizar as diversas vozes presentes no Sínodo e elogia o esforço dos autores do Documento Final, destacando que sua publicação rápida foi um grande feito. Ele ressalta que o Sínodo não deve ser visto como um concílio com respostas definitivas, mas sim como um impulso espiritual para inspirar e motivar a Igreja a seguir adiante. O verdadeiro desafio agora é interpretar e aplicar o documento na prática.

Ele critica a mentalidade clericalista de esperar respostas prontas do Papa e do Vaticano, enfatizando que a responsabilidade de implementar as direções do Sínodo recai sobre toda a Igreja, a partir das bases. Muitas pessoas se sentem desiludidas porque tinham expectativas irreais, e o equilíbrio entre expectativa e realidade é essencial para avançar com responsabilidade.

Sobre a transformação da mentalidade na Igreja, ele destaca que o primeiro passo é a escuta, seguida de reflexão e oração. Ele vê as reuniões sinodais como momentos de oração contemplativa, sugerindo que até encontros teológicos deveriam adotar esse método sinodal de escuta, meditação e discernimento no Espírito, em vez de se limitarem a debates acadêmicos.

Ao abordar a resistência dos bispos e padres ao processo sinodal, ele admite que mudar certas mentalidades seria um verdadeiro milagre, algo que não pode ser manipulado. Embora a oração e o diálogo sejam caminhos possíveis, não se pode simplesmente contar com milagres para transformar a Igreja.

Esta entrevista com Tomás Halik é o primeiro episódio da iniciativa “No coração da esperança” promovida pela Rede Sinodal em Portugal em parceria com os meios de comunicação: 7MARGENS, Diário do Minho, Voz Portucalense, Correio do Vouga, Correio de Coimbra, A Guarda, Rede Mundial de Oração do Papa, Folha do Domingo.



Síntese feita pela redação de O Lutador.

Fonte: 7Margens

 

 

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