16º DOMINGO COMUM - 18/7/2021
1ª LEITURA - Jr 23,1-6
Situação histórica: estamos nas vésperas do Exílio Babilônico, tempo do rei Sedecias. Na primeira deportação para a Babilônia 597 a.C. O rei Joaquim foi exilado, consequência de seu péssimo governo, que destruiu todo o ideal da reforma religiosa de seu pai Josias. Babilônia coloca no trono de Jerusalém o rei Sedecias que significa: “Senhor, minha justiça”. É referência à justiça do tirano Nabucodonosor. Sedecias ficou no poder de 597 a 586 a.C., quando acontece a 2a deportação, o chamado Exílio Babilônico, depois de destruída a cidade e o templo.
No nosso oráculo temos uma ameaça, uma esperança e uma promessa.
2ª LEITURA - Ef 2,13-18
Cristo deu sua vida para judeus e pagãos, ou seja, para todos os povos. Neste trechinho o autor faz diversas afirmações fortes. Os pagãos “agora foram trazidos para perto pelo sangue de Cristo.” Acabou a inimizade, separação e discriminação entre pagãos e judeus. Cristo é a nossa paz. Ele congregou os povos na unidade. Ele derrubou o muro de separação, símbolo da inimizade. Os pagãos não podiam entrar no Templo de Jerusalém, no lugar reservado para os judeus.
Um muro os separava. Um outro muro de separação era a Lei com suas prescrições e decretos. Cristo a anulou. Assim Cristo criou em si mesmo dos dois povos um só homem novo: na sua cruz ele destrói a inimizade, reconcilia todos os povos com Deus, formando um só corpo, não uma mistura de judeus e pagãos. Na cruz de Cristo formou-se uma humanidade nova. É uma nova criação.
O texto insiste na paz: “Ele é a nossa paz”; “ele veio e anunciou a paz aos gentios e judeus”. É a paz messiânica que Jesus nos traz. O trecho termina dizendo que gentios e judeus têm acesso ao Pai, por meio de Cristo, num só Espírito. São João vai falar a mesma coisa dizendo que Jesus é o caminho que nos leva ao Pai (cf. Jo 14,6). Temos trabalhado pela unidade, pelo ecumenismo, pela paz? Como líder de comunidade temos sido elo de união, sinal de comunhão?
EVANGELHO - Mc 6,30-34
O trecho que vem antes é a morte de João Batista por Herodes (cf. 6,14-29) e o que vem depois é a multiplicação dos pães. Se antes temos o banquete de morte dos reis deste mundo, depois temos o banquete de vida oferecido por Jesus, que realmente se preocupou com o povo empobrecido e faminto.
A atividade dos discípulos
Os discípulos acabaram de chegar da missão e contam a Jesus sua intensa atividade missionária. A situação ainda continua movimentada, a tal ponto que eles não têm tempo nem de comer. Jesus então os convida para um repouso, afastados do povo, num lugar deserto. Eles saíram, mas o povo percebeu. Eles saíram de barca e o povo correu a pé em volta do lago e chegou primeiro.
A compaixão e o ensinamento de Jesus
Logo que chegaram, Jesus viu que a situação era de fazer dó. Era uma grande multidão faminta do pão da palavra e do pão da vida. No início, vimos que os discípulos não tinham tempo nem de comer, mas a situação do povo é muito pior. Aqui percebemos que o povo não tem nem o que comer. O povo era que nem ovelhas perdidas, sem pastor e sem pasto. Os pastores (líderes judaicos) pastoreavam a si mesmos. No banquete de morte preparado por Herodes é oferecido, num prato, a cabeça de João Batista, voz profética que anunciava a esperança do povo. São os grandes que se alimentam dos pequenos. Eles vivem e se banqueteiam às custas do povo sofrido.
Mas Jesus é o verdadeiro líder. O deserto relembra a caminhada do povo sobre a liderança de Moisés. Um novo Moisés aparece e o povo sai de todas as cidades, onde reina a opressão egípcia, e vai em busca da terra prometida. Essa terra prometida é o próprio Jesus. Ele tem compaixão do povo.
Vai ensinar-lhes a fuga do egoísmo dos grandes e a busca da partilha entre os pobres. Logo em seguida, Jesus vai apresentar para o povo o banquete da vida que, não é feito de pratos requintados e de comidas exóticas, mas da solidariedade, do pouco de cada um, do dom dos pobres. Nossa atividade é intensa como a dos discípulos? Aprendemos a ensinar e ter compaixão do povo sofrido?
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