O Dicionário diz: “Do latim regnum, reino é aquele território cujos habitantes estão sujeitos a um rei. Trata-se de um Estado regido por uma monarquia, que é uma forma de governo em que o cargo supremo é unipessoal (uma única pessoa), vitalício e, de um modo geral, hereditário”. Mas não é desse tipo de reino que queremos nos referir, porque o Reino de Cristo teve outra dimensão.
O Reino de Deus possui marca do despojamento de valores egoístas e fugazes, porque tem dimensão de eternidade. É caminho de perfeição, fundamentado na união, na solidariedade, na caridade, na esperança, na justiça e na paz. Reino visibilizado e testemunhado pelo rosto de Cristo no mundo. Os judeus esperavam um rei religioso, mas também político, militar e ditador, para libertá-los na guerra.
As profecias do Antigo Testamento falavam da vinda de um Rei-Messias, com poder de libertação do coração oprimido das pessoas. Certamente isto não estava bem claro na mente dos profetas, mas fundamentavam o anúncio da Palavra nas Leis, nos Mandamentos do Senhor. Pensavam sim na reconstrução de Israel e em um rei que poderia trazer a paz para todo o povo.
O caminho do Reino de Deus tem uma fecunda história de sombras e luzes. As sombras são confirmadas pela quebra da Aliança que Deus tinha feito com o povo na figura de Abraão, principalmente na prática da idolatria com o abandono de Javé. As luzes eram confirmadas pela ação dos profetas e pela presença dos dons de Deus como força na vida dos seguidores do Senhor (cf. Is 11,2).
O Reino de Deus é formado de pessoas fortes e fracas. É o Reino da solidariedade, onde os fortes devem ajudar os mais fracos. Foi a prática de Jesus no encontro com as pessoas abandonadas e desassistidas, carregando sobre si o peso de nossas fragilidades. Na comunidade dos cristãos, supõe carregar o fardo uns dos outros para que ninguém tenha que viver na indignidade.
O Reino de nossa reflexão é aquele onde há possibilidade de as pessoas terem proximidade com Deus, porque ele é de Deus. É o Reino da misericórdia, do Deus entre nós na Pessoa de Jesus Cristo. Nesse Reino é apontado o caminho da salvação, numa proposta de fraternidade universal. É o projeto de Jesus, fundamentado no amor, na solidariedade, na partilha do bem comum e na vida para todos.
Leia também:
Ano vocacional
Da arte de traduzir
Um espaço para responder aos apelos que sentimos
Sempre caminhem juntos - Papa Francisco
REGCHAG, grande notícia para a Igreja
Missão de humanizar
Construir o novo
Visita ad limina e encontro com Francisco
Rosaura González - em algumas congregações, o abuso ainda é um tabu
"Que Deus possa ser visibilizado no meio de nós"
III Anos Vocacional: "carismas que Deus dá a cada um"
Cardeal Steiner: “Não tem sentido celebrar a Eucaristia num modelo de espiritualidade intimista”
COP27 - REPAM toma postura diante de “um percurso de hipocrisia climática”
Dia mundial dos pobres
Impulso no processo de reforma da Igreja Universal
REPAM grita pela Amazônia à COP27
Acesse este link para entrar nosso grupo do WhatsApp: Revista O Lutador Você receberá as novas postagens da Revista O Lutador.